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Tribunal cubano condena dirigente comunista deposto
Por Da AFP
21/06/2006 | 16:41
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Carlos Robinson, alto dirigente afastado do Birô Político do PCC (Partido Comunista de Cuba), foi condenado por um tribunal de Havana a 12 anos de prisão por tráfico de influência, segundo informação oficial divulgada nesta quarta-feira.

"O tribunal considerou o réu responsável pelo crime de tráfico de influência de caráter contínuo e decidiu pela punição", informa um comunicado do Birô Político do PCC.

O texto, publicado no jornal oficial Granma, afirma que a punição também abrange a perda de direitos públicos, o que consiste na perda do direito de voto, de ocupar cargos de direção nos órgãos de administração do Estado, assim como em unidades econômicas estatais e organizações sociais e de massa.

Robinson, de 49 anos, foi afastado em abril passado do Birô Político e do mesmo PCC sob a acusação de "graves erros cometidos".

O Birô Político o acusa de prepotência, abuso de poder e ostentação do cargo, além de indiscrições e quebra de seus princípios éticos".

Robinson vem da União de Jovens Comunistas, tendo ingressado no PCC, em 1982. Já em 1993 foi designado primeiro-secretário da província (Guantánamo, leste) ocupando depois o mesmo cargo em Santiago de Cuba. Em 1997 foi eleito membro do Birô Político.

Este é o primeiro caso, desde 1965, quando foi fundado o atual PCC, que um membro do influente Birô Político é deposto e condenado pelos tribunais.

Carlos Aldana (1992) e Roberto Robaina (2002) foram afastados também da cúpula do PCC, mas nunca enfrentaram os tribunais. Em novembro passado, o presidente Fidel Castro conclamou uma cruzada, na qual o PCC desempenha um importante papel, contra a corrupção, o roubo e o desvio de dinheiro. Militantes do PCC foram enviados a inspecionar organismos e entidades estatais para detectar irregularidades.




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