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Bush faz primeira viagem oficial à Europa
Por Das Agências
10/06/2001 | 19:10
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Depois de viajar aos países vizinhos, México e Canadá, o presidente norte-americano, George W. Bush, empreenderá na próxima terça-feira a primeira grande viagem internacional à Europa, que se prenuncia difícil devido a sérias divergências nas relações transatlânticas.

Numa viagem de mais de uma semana, Bush irá de Madri a Liubliana, passando por Bruxelas e Varsóvia. Inclui três reuniões de cúpula: a primeira com os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quarta-feira na Bélgica; a segunda, quinta-feira, com a União Européia na Suécia, e a terceira, com o presidente russo Vladimir Putin, sábado na Eslovênia.

Será difícil para Bush convencer os interlocutores a aceitarem as posições adotadas por seu governo republicano, como seus projetos de defesa antimísseis, sobre o clima ou o comércio.

Em menos de cinco meses a administração Bush somou pontos de dúvida ou descontentamento com os europeus por causa da recusa do protocolo de Kyoto, as incertezas sobre a manutenção das tropas americanas nos Bálcãs e o projeto do escudo antimísseis.

O novo equilíbrio político em Washington, onde o Senado acaba de ganha maioria democrata com o afastamento de um senador republicano, poderá levar Bush a mostrar-se mais flexível do que o previsto sobre certos temas, como, por exemplo, a defesa antimísseis.

As discussões, por falta de um projeto definido, poderão ser limitadas a generalidades, com Bush afirmando uma determinação de princípios e os europeus expressando um prudente ceticismo em relação ao projeto que poderá mudar o atual equilíbrio de dissuasão.

O abandono do protocolo de Kyoto sobre a luta contra o efeito estufa por parte de Washington também será um dos temas mais sensíveis das discussões com os europeus. Vedrine sugeriu neste sábado que Bush aproveite sua viagem para realizar "contrapropostas construtivas" sobre o problema do aquecimento global.

Bush também deverá esclarecer sua posição sobre a manutenção ou não das tropas nos Bálcãs, que foi tema de declarações muitas vezes contraditórias entre o secretário de Estado, Colin Powell, e o da Defesa, Donald Rumsfeld.




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