Setecidades Titulo
ABC tem centros de referência para vítimas de abuso sexual
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
15/09/2002 | 20:08
Compartilhar notícia


  A partir de 2003, Diadema terá equipes multidisciplinares em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) 24 horas para o tratamento psicossocial de mulheres vítimas de abuso sexual. Segundo a médica Maria Cecília Alves, do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, hoje, todo o atendimento está centrado no Hospital Municipal de Diadema.

Ribeirão Pires também irá montar um centro de referência em 2003, segundo o gerente de Saúde do município, o médico Ricardo Carajeleascow. O tratamento é feito hoje no Hospital São Lucas.

Assim como as duas cidades, São Bernardo se preocupa com o assunto e hoje é referência nos serviços de apoio e ajuda na superação do trauma de mulheres e crianças vítimas de violência sexual. No Grande ABC, quase mil casos são atendidos por mês pelos programas de acompanhamento psicossocial oferecidos pelas prefeituras.

No entanto, segundo dados da ONU, apenas 10% das mulheres que sofrem esse tipo de violência procuram ajuda. “O tratamento é para minimizar as conseqüências físicas e emocionais. Estamos prontos para dar o colo”, afirmou o médico Francisco Zaimes Gago, coordenador da Saúde da Mulher em São Bernardo. Atualmente cerca de 140 mulheres são atendidas pelo Programa de Atenção à Violência e Abuso Sexual.

O serviço é dividido em três espaços físicos e por faixas etárias. O Hospital Municipal Universitário, que funciona 24 horas em Rudge Ramos, presta o atendimento de urgência – até 72 horas após a agressão, independentemente da cidade de onde a vítima mora ou de registro de BO na delegacia. “Se houver necessidade, como em casos de rupturas, realizamos procedimentos cirúrgicos”, afirmou Gago.

O tratamento ambulatorial prossegue no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que possui equipe multidisciplinar. Crianças – inclusive meninos – abaixo de 14 anos são atendidos na UBS da Vila Deisy.

Em Santo André, o Centro de Apoio à Mulher Vem Maria desenvolve várias atividades, desde atendimento psicossocial até oficinas. “A mulher tem de romper com o silêncio, que é o maior cúmplice da impunidade”, afirmou a psicóloga Cibele Lacerda, diretora do Departamento de Defesa dos Direitos de Cidadania.

São Caetano, alvo de um estuprador há pouco mais de um mês, não possui programa específico. O Ambulatório de Saúde Mental presta atendimento psicológico. Em Rio Grande da Serra, a vítima passa por uma assistente social. O secretário de Cidadania e Ação Social, Alex Zitei, disse que o índice na cidade é baixo. Mauá possui o Núcleo de Atenção à Violência Sexual, que funciona no Hospital Nardini.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;