Artigo

Os recentes comentários do ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu são véu de fumaça para tentar ofuscar o olhar dos cidadãos de São Bernardo. Quer assegurar, antes, o resultado da eleição cuja campanha sequer começou. Vale lembrar que esse senhor será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, qualificado, nos autos, como chefe de quadrilha no maior escândalo de corrupção já visto: o Mensalão. Suas invenções sobre realizações do atual governo são de quem não vive, não mora e visita a cidade ocasionalmente, conforme os bastidores, em locais muito específicos e quase incógnito. Esse governo faz o maior desmonte da Educação com a desativação das bibliotecas interativas, dos laboratórios de informática, da educação das pessoas especiais, área na qual a cidade é pioneira desde Pinotti; história que não conhece e não é de seu interesse.

Agora, querem desativar a única escola para surdos e mudos da região. Atitude irresponsável e insensível que faz São Bernardo regredir na responsabilidade social, mostrando que a mudança prometida em 2008 não aconteceu. Nos indigna o excesso de gastos com propaganda, superior a R$ 47 milhões, só em 2012, enquanto faltam médicos, remédios, creches.

O projeto da oposição, desprovido de vaidades pessoais e interesses próprios, tem força e substância por ser construído por cidadãos que já deram o melhor para a cidade e a população. Não nos assusta a quantidade de partidos e apoiadores que dizem ter, porque é o grau de comprometimento e não a quantidade que define o sucesso. O prefeito, baseado na sua arrogância e desconhecimento, disse que a aliança PPS-PSDB não aconteceria. Quem fala muito e sem saber ‘dá bom dia a cavalo'.

Os diretórios, municipal e estadual do PSDB, com o governador Geraldo Alckmin e eu, dirigentes como Pedro Tobias, e os do PPS, construíram a aliança com base nos interesses da comunidade para vencer as eleições de 2012, e devolver São Bernardo aos cidadãos. O nosso otimismo é proporcional às nossas possibilidades, impulsionado pelo pulsar da população, que afirma diuturnamente que não suporta mais tanto descaso.

Aguarda-se que Silvinho Pereira, José Genoino e Delúbio Soares, também implicados no Mensalão, emitam seus apoios ao atual governo de São Bernardo, assim, o círculo fica quase completo. Como diz a máxima religiosa, que serve bem ao caso, ‘diga-me com quem andas, e eu direi quem tu és'.

William Dib é médico cardiologista, deputado federal e coordenador regional do PSDB no Grande ABC.

PALAVRA DO LEITOR

Festa junina

Sons em volume elevado são danosos à saúde humana e de outros animais, segundo a Organização Mundial de Saúde. Como a Prefeitura de Santo André consegue liberar um evento do porte da Festa Junina? Minha residência não fica perto do local e mesmo assim foi praticamente impossível ter algumas horas de sossego nos momentos dos shows. Gostaria de chamar o nosso prefeito ou vereadores para ir comer uma pizza em casa, digamos, no sábado ou domingo. Consultando, estou a exatamente 3,5 quilômetros do digníssimo local. Quando falamos com o 190, foi informado de que existem muitas reclamações sobre o barulho desse evento. Entendo que este texto reflete a frustração de um cidadão de Santo André que se vê com as mãos atadas por incompetência de alguns seres de não estudarem os efeitos de um evento desses. Mas com certeza digo que este texto é a opinião de muitos com quem conversei e moram nos arredores desse local.

Daniel Bueno, Santo André

Dirceu e Collor

Uma lembrança para aquele José Dirceu que usou o 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB, para pedir aos estudantes que saiam às ruas em sua defesa durante o julgamento do Mensalão: Collor de Mello pediu aos estudantes que usassem o verde e amarelo para defendê-lo do impeachment. Deu no que deu. Usaram preto para ajudar a mandar Collor para o fundo do poço. Collor ainda deu sorte, esqueceram de chumbar a tampa do poço.

Leônidas Marques, Volta Redonda (RJ)

Admiração

A presidente Dilma Rousseff recentemente tomou atitude extremamente corajosa: diante do cenário favorável da economia brasileira, com crescimento em todos os setores, geração de emprego e renda em larga escala e também diante do lucro exorbitante alcançado pelos bancos privados, cobrou e exigiu da poderosíssima federação dos bancos a redução das altíssimas taxas de juros. Os banqueiros, logicamente a contragosto, não tiveram alternativa, a não ser baixar suas taxas. Ganhamos todos nós, consumidores, que pagamos menos juros no cheque especial, no cartão de crédito, na prestação da casa ou do carro, nos crediários em geral. Agora Dilma encara outra entidade poderosa e toma nova decisão de grande firmeza: ao contrário do que pretendia a Fifa, a Copa no Brasil terá, sim, meia-entrada garantida a todos que fazem jus a ela. Eu tenho orgulho dessa mulher.

Gilberto Tadeu de Lima, São Caetano

Juros!

Uma explicação governamental é devida. Por que os juros do parcelamento do Imposto de Renda são tão altos? O acréscimo a título de juros no pagamento da segunda parcela é de 10%. Juros desse montante são verdadeira agiotagem, usura. Afinal, rendimentos da caderneta de poupança jamais atingiram esse patamar; ao revés, esses rendimentos foram até reduzidos em nome da desintegração da economia. Como entender coisas tais, tão díspares? Daí o pedido de explicações.

Pedro Luís de Campos Vergueiro, Capital

Mensalão

Quem foi mais beneficiado na compra de congressistas pelo Mensalão? Lula. Querer direcionar para o Dirceu, Delúbio, Marcos Valério etc, é jogada de marketing. Eles eram os ‘operadores' que obedeciam ao grande mensalula. Os congressistas vendiam seus votos e recebiam aqui ou em paraísos fiscais. O empenho do dito-cujo junto a integrantes do STF para melar o julgamento é prova de que ele quer livrar-se do problema. Aliás, o Mensalão nunca deixou de existir nos governos lulopetistas! Prova é que Dilma continua o esquema, liberando emendas para obter o que quer(em), como sempre.

Mário A. Dente, Capital