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Ministro pede proteção para testemunhas de grupos de extermínio
Por Da Agência Brasil
27/09/2003 | 11:30
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O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, recebeu denúncia de que testemunhas da atuação de grupos de extermínio na Bahia estão sendo ameaçadas de morte. As ameaças surgiram por conta dessas pessoas terem prestado depoimentos à relatora especial da ONU para Execuções Sumárias e Extra-Judiciais, Asma Jahangir, que está no Brasil.

Miranda repassou a denúncia para o secretário de Segurança Pública da Bahia, general Édson Sá Rocha, e pediu que sejam tomadas providências para garantir a segurança das testemunhas. "Este é um fato gravíssimo. É intolerável. Entrei em contato com as autoridades estaduais e estou confiante de que as medidas cabíveis serão tomadas para impedir a consumação de qualquer tipo de ameaça, o que representaria um escândalo de repercussões internacionais", afirmou Nilmário Miranda, segundo a assessoria.

A paquistanesa Asma Jahangir está no país desde o último dia 16 para colher informações sobre assassinatos em seis Estados. Com os dados, será feito um relatório com recomendações ao governo. Além de Salvador, a relatora foi a Santo Antônio de Jesus, onde se encontrou com familiares e vítimas de ações de grupos de extermínio. Depois do encontro com a paquistanesa, duas das testemunhas passaram a receber ameaças de morte na cidade.

A relatora decidiu incluir a Bahia na sua agenda por causa da investigação feita pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que verificou a existência de uma ação de grupos de extermínio, principalmente nos municípios de Camaçarí e Santo Antônio de Jesus.




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