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Mutante da música

O Guitarrista Sérgio Dias faz show de jazz em São Paulo e comemora disco de Os Mutantes

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
09/01/2020 | 07:14
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Clarissa Lambert/Divulgação


Quando o assunto é música, Sérgio Dias é, de fato, um mutante. Guitarrista, cantor, compositor, líder e único integrante remanescente da formação original da lendária banda paulistana Os Mutantes, ele se consolidou no universo musical com discos como A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970), Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets (1972) e Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974).

Agora ele mostra uma de suas outras facetas e apresenta repertório solo voltado para o jazz. O compositor pode ser conferido hoje, a partir das 20h, em São Paulo, no palco do Blue Note SP. As entradas custam de R$ 45 a R$ 120 (www.checkout.tudus.com.br).

Este é o primeiro encontro de Sérgio com o público paulistano desde julho, quando se apresentou no Festival BB Seguros de Blues e Jazz. “É sempre ótimo encontrar meus irmãos paulistanos. Mato as saudades”, comemora. E para acompanhar o guitarrista, sobem ao palco Camilo Macedo (contrabaixo), Tiago Giovani (teclados), Richard Ferrarini (flauta e sax) e Elvis Toledo (bateria), banda que o acompanha há cerca de um ano.

Quem comparecer ao espetáculo, batizado Jazz Mania,poderá conferir repertório ilustrado com obras autorais e instrumentais, registradas no disco que dá nome ao show, lançado nos anos 1980. E talvez “cante um blues que eu fiz para o Arnaldo (seu irmão) e um que fiz para Rita (Lee)”, adianta o artista. Não ficam de fora músicas como Janet  & Steve, Sweet Para  Filemon  y La Gorda, e Sabor  Cabalero, por exemplo. Sobre ter algo de Os Mutantes no repertório, ele deixa no ar.

MUTANTES
Por falar em Os Mutantes, banda criada nos anos 1960 junto de Arnaldo Baptista e Rita Lee, Sérgio está com novidades. O conjunto apresenta neste mês Zzyzx, seu novo disco. Segundo o guitarrista, o trabalho deve estar nas plataformas digitais a partir do dia 20. “São 11 músicas, sendo produzidas desde 2018”, explica.

Uma das novas, o single Black  And  Grey, já está disponível para audição em streaming. O trabalho conta com vozes sobrepostas e a mescla de elétrico e acústico, receitas tradicionais nos trabalhos da banda. Zzyzx é o primeiro disco desde 2013, quando o grupo apresentou Full  Metal Jack.
Na empreitada atual, além de Sérgio, estão Esméria Bulgari (voz), Henrique Peters (teclado), Vinicius Junqueira (contrabaixo), Claudio Chernev (bateria), e o recém-chegado Camilo Macedo (guitarra).

Sobre a nova fase da banda, o guitarrista diz que se sente “maravilhosamente bem e superenergizado”. O grupo já passou por diversas formações. Após a saída de Rita focou no rock progressivo, com Sérgio na voz. Teve ainda, em um retorno apoteótico, Zélia Duncan no microfone, nos anos 2000. Para Sérgio, o segredo para uma banda que surgiu nos anos 1960, passou por diversas formações e ficou anos sem um lançamento, seguir em relevância, é um só. “Honestidade musical e artística.” E no fim das contas, ele continua lá, em pé, firme e fazendo o que gosta: Os Mutantes. “Não consigo me compreender como um ser à parte de (Os) Mutantes. Creio que sou o coração e a alma dessa banda”, afirma.

Se quem está curioso sobre o novo disco espera temas psicodélicos ou algo mais progressivo, Sérgio revela que não tem nem um nem o outro. “Tocamos música. Nós tocamos rock and roll. Não acredito em labels (etiquetas)”, diz. Agora é esperar para ouvir.

Sérgio Dias – Música. No Blue Note SP – Avenida Paulista, 2.073, em São Paulo. Hoje, a partir das 20h. Ingressos: R$ 45 a R$ 120 (www.checkout.tudus.com.br). 




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