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Luz das Estrelas gasta R$ 1,5 mi, mas obras não decolam
Por Illenia Negrin
Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
21/01/2007 | 22:03
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É como na música de Toquinho e Vinícius de Moraes: era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Com um agravante: o palacete fantasma já consumiu R$ 1,5 milhão. As obras do Instituto Luz das Estrelas, que seria erguido em uma área nobre do bairro Assunção, em São Bernardo, devem continuar como há 16 meses: paradas. O projeto para beneficiar 500 crianças e jovens carentes não deve passar do esqueleto, já que o prazo legal para a implementação termina em maio. No lugar do megaempreendimento social, dois prédios inacabados e um terceiro emprestado à Prefeitura, cinco anos de espera e investimento desperdiçado.

Idealizado pelo empresário Augusto Canô, da Sunshine Entertainment, o instituto seria erguido no terreno de 36 mil m², da Fundação Criança. Uma lei municipal sacramentou a doação à Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Lar Escola Luz das Estrelas e estabeleceu metas para a implementação.

O descumprimento do acordo acarretaria em devolução do terreno à Prefeitura. Pela lei, o instituto teria até maio de 2007 para finalizar o projeto. O prazo termina em quatro meses. A organização terá de fazer em tempo recorde o que não realizou em cinco anos.

O próprio empresário admite não ter dinheiro para prosseguir. Canô precisa de novas parcerias para colocar o Luz das Estrelas em pé. A verba até agora investida foi angariada em eventos beneficentes, protagonizados por artistas.

Em prestação de contas à Fundação Criança, o instituto inrformou ter investido R$ 1,5 milhão na iniciativa. Ao Diário, Augusto Canô afirma ter empregado R$ 800 mil.

A Luz das Estrelas tem até sexta-feira para apresentar um novo cronograma de atividades. Canô afirma que se reunirá com o prefeito William Dib (PSB) para discutir prazos.

A Fundação Criança já tem planos para a área e não pretende fazer concessões. A decisão será tomada em conjunto com a Prefeitura e MP.




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