Leite foi reconduzido ao cargo em março, cerca de seis meses após ter sido substituído, protagonizando dois capítulos da briga entre os principais sócios da companhia - a japonesa Nippon e a ítalo-argentina Ternium/Techint. O executivo é nome de confiança da Ternium; neste momento, a Nippon vem tentando reconduzir Rômel de Souza à presidência.
Além da disputa societária, o executivo cita a economia brasileira como um entrave à melhora dos resultados. Para Leite, a recuperação já começou, mas ainda em ritmo muito lento. Ele afirma que a empresa está na "rota adequada", embora reconheça que o cenário ainda ofereça "muitas variáveis e riscos".
Outra preocupação são os preços internacionais do aço. No último ano, o preço do aço plano foi reajustado pelas siderúrgicas, estando hoje aproximadamente 60% mais altos do que há 12 meses.
Os aumentos vinham firmes, até que o preço no mercado internacional passou a cair, acendendo o sinal amarelo para o setor. Com isso, cresceu o receio da ampliação da importação no mercado brasileiro. O presidente da Usiminas disse ainda que a companhia não vem praticando desconto de preços, mas que está analisando o andamento do mercado internacional.
Para analistas, uma eventual queda dos preços poderá colocar em jogo os resultados da Usiminas para os próximos trimestres. O Credit Suisse, por exemplo, considera que o balanço dos três primeiros meses do ano foi o pico de 2017. O Bradesco BBI diz que os resultados não devem se repetir ao longo dos próximos períodos, mas que a tendência, de qualquer forma, é positiva.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.