De acordo com o jornal, a fusão resultaria na demissão de um grande número de funcionários – cerca de 120 mil na Europa – por causa da sobreposição dos produtos. A publicação ressalta que, pelo mesmo motivo, a operação pode encontrar problemas ao esbarrar nas leis antitruste.

Em 2000, a GM passou a controlar 20% da Fiat, enquanto a montadora italiana comprou 6% da GM. Desde então, as duas empresas vêm se aproximando. Atualmente, trabalham juntas no desenvolvimento de duas novas plataformas de carros.

Segundo o jornal, a Fiat pode vender à GM os 80% sobre os quais tem domínio entre 2004 e 2009 por um valor estabelecido por um banco de investimentos. A idéia, no entanto, não teria recebido a aprovação do presidente da Fiat, Gianni Agnelli.

A fusão seria bastante interessante para as duas montadoras, sobretudo para a GM. A Fiat tem uma posição muito forte na América Latina, com duas montadoras no Brasil e uma na Argentina, enquanto as expectativas da GM na região não foram superadas. Na Europa, as duas empresas não vêm obtendo os resultados desejados nos últimos anos. Com a fusão, as montadoras cortariam os custos excedentes e procurariam retomar os lucros.

A reportagem do The Independent procurou a Fiat, cujo porta-voz se recusou a comentar qualquer negociação a respeito de fusão. A montadora italiana teria apenas afirmado que não abandonará a produção de carros e que nenhuma decisão envolvendo grandes mudanças será tomada até março de 2004, quando termina o prazo de recuperação da empresa.

A GM, por suz vez, não nega nem confirma a informação. O porta-voz da montadora em Zurique disse que ainda é muito cedo para afirmar de forma concreta como as companhias entrariam em um acordo. "É prematuro especular sobre quais cenários específicos estão sendo estudados", disse o porta-voz.