O PT de Mauá enfrenta dificuldades para escolher um nome que substitua o do vereador Alberto Betão Pereira Justino (PTB) como candidato a vice na chapa do prefeito Donisete Braga (PT). Após o parlamentar não conseguir reverter impasse jurídico que o enquadra na Lei da Ficha Limpa, o PTB e a cúpula do governo, correm para encontrar alguma figura que ocupe o posto.

O nome da vereadora Sandra Regina Vieira (PTdoB) chegou a ser ventilado nos bastidores. Sua possível candidatura a vice teria respaldo do grupo de vereadores que foram fiadores da indicação de Betão, entre eles Chiquinho do Zaíra (PTdoB). Mas o histórico da parlamentar de atuação em campos antipetistas – sempre foi fiel ao ex-prefeito Leonel Damo e sua filha, a ex-deputada estadual Vanessa Damo (ambos do PMDB) – não é bem digerida pelo PT mauaense, que já trata dessa possibilidade como pouco provável.

O núcleo duro do Paço bate cabeça para encontrar novo nome do próprio PTB, para manter o acordo selado entre Donisete e o deputado estadual Campos Machado, presidente do diretório paulista da legenda. Diante o impasse, o nome de dois empresários filiados ao PTB foram cogitados: o de Cleber Broch e o de Rogério Lourencini. O Diário apurou, porém, que ambos têm resistido à ideia, alegando comprometimento com seus negócios. O prefeito, inclusive, teria externado as dificuldades a Campos, em reunião realizada com o petebista na terça-feira.

Em meio a estas tratativas, o nome do ex-vereador e presidente do PV mauaense, Paulo Bio, surgiu pelos corredores da Prefeitura ontem. A presença do verde no Paço intensificou as especulações. Secretário de Governo e um dos articuladores da pré-campanha de Donisete, Edílson de Paula (PT) revelou ter conversado ontem à noite com Paulo Bio, mas negou convite para o ex-parlamentar integrar a chapa governista. “É especulação”, despistou.

O mesmo tom foi adotado por Paulo Bio, que evitou aprofundar questão. “Fico feliz por ter meu nome ventilado, mas nós vamos (compor) com o Donisete, independentemente de vice.”