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Punto, a nova aposta da Fiat
Por Fernando Bortolin
Enviado a Buenos Aires
15/08/2007 | 07:05
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Andei no Fiat Punto, a mais nova aposta da montadora de origem italiana para o segmento de hatchbacks nos mercados brasileiro e latino-americano. Com linhas marcantes, alma esportiva e repleto de tecnologia, o primeiro teste foi feito com o ELX 1.4 Flex (e o segundo com HLX 1.8 Flex), modelos que causaram frisson pelas ruas de Buenos Aires, na Argentina.

Sucesso de vendas na Europa desde 2005, o Fiat Punto promete dar verdadeiras dores de cabeça junto à concorrência por aqui.

A primeira sensação se dá no visual. Com design assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, o Punto chama a atenção por onde passa.

Visto de frente, o modelo lembra uma Maserati. Da base dos faróis até o final do carro, um grande vinco corta a lateral, demarcando sua cintura alta. A traseira, com lanternas altas nas colunas, tem forte semelhança com os modelos Focus e Fiesta, da Ford, e Corsa, da General Motors.

Outro detalhe se dá nos vidros triangulares à frente das portas dianteiras. Eles não se abrem como nos antigos quebra-ventos, mas é um recurso estilístico que alonga o carro e serve como elemento aerodinâmico.

A segunda grande sensação é a posição de dirigir. O volante de excelente empunhadura serve como verdadeira interface para a grande novidade do Punto, o Blue&Me.

Desenvolvido em conjunto com a Magneti Marelli e a Microsoft, o Blue&Me é acessado por meio de quatro botões junto ao volante, que permitem controlar o sistema de áudio, ditar comandos para o reprodutor de MP3 e, mais que isso, fazer e receber chamadas de celular por comando inteligente de voz. Detalhe: o equipamento vem como opcional ao custo de R$ 3.900, com exceção da versão Sporting, para a qual custa R$ 500.

Desempenho - Das ruas de Buenos Aires para a pista do Autódromo Internacional Oscar Gálvez, que acolheu 20 corridas de Fórmula 1 até 1998, deu para sentir a esportividade do Fiat Punto.

Seguros e eficientes nas curvas e com bom raio de ação, proporcionado pela direção hidráulica, nos modelos Punto ELX 1.4 Flex e HLX 1.8 Flex as respostas foram sempre positivas quando exigidos a fundo, o mesmo valendo para os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira. O ELX 1.4 Flex chega aos 163 km/h e o HLX 1.8 Flex a 183 km/h.

Dúvidas mesmo apenas em relação ao câmbio (de cinco marchas), cujos engates deixaram a desejar. A imprecisão nos engates foi uma constante nas acentuadas curvas e retas do autódromo portenho.

Evidentemente, o Punto não é um carro de corrida, fato consumado junto ao intrincado trânsito da Capital portenha, onde esse problema sequer chegou a ser notado.

Motores - O Punto chega ao mercado nacional com dois tipos de motorização: o 1.4 Flex e o 1.8 Flex. No caso do 1.4, que aparece na versão de entrada, a potência foi elevada para 85 cavalos (gasolina) e 86 cavalos (a álcool). Segundo a Fiat, o conjunto gera um torque de 12,4 mkgf (gasolina) e 12,5 mkgf (álcool) a 3.500 rpm.

No 1.8, que equipa as versões HLX e Sporting, o motor ganhou um novo coletor de admissão e nova calibragem para a injeção eletrônica. São 113 cv (gasolina) e 115 cv (álcool) a 5.500 rpm. O torque é de 18 mkgf (gasolina) e 18,5 mkgf (álcool) a 2.800 giros. (O jornalista viajou a convite da Fiat)



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