Política Titulo Conversa com Marinho
Articulação pode inserir Siraque em gabinete

Indicação aponta que ex-deputado é cotado a assumir cargo em escritório de Dilma no Estado

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/09/2015 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Articulação política do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), pode viabilizar a abertura do cargo de chefe de gabinete da Presidência em São Paulo ao ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PT). A indicação tem sido reforçada por parte da bancada petista na Câmara, em Brasília. A definição deve acontecer até novembro, depois da efetivação de reforma ministerial prometida pela presidente Dilma Rousseff (PT). O escritório da petista no Estado está esvaziado desde 2012, após denúncias de tráfico de influência. O posto era ocupado até então por Rosemary Noronha, indicada pelo ex-presidente Lula.

Com as exonerações, a função ficou sem finalidade durante esse período. A proposta seria retomar o espaço, visando revigorar as atividades de Dilma em São Paulo, onde ela possui baixa popularidade. Em caso do possível ressurgimento do gabinete, quadros do PT são cotados. O coordenador do escritório faz a relação política do governo federal com prefeitos e parlamentares na esfera paulista, além de tratativas com agências atreladas à União, movimentos sociais e sindicatos, tendo como alvo preparar agendas, quando a presidente ou ministros desembarcarem no Estado.

Após a derrota de Siraque nas urnas em 2014 – não conseguiu renovar mandato, obtendo 53.285 votos –, o grupo político do ex-deputado e parte da cúpula do PT regional se movimentam pela indicação em cargo comissionado. Desde que deixou a Câmara Federal em janeiro, no entanto, ele está sem espaço. O petista admitiu conversas para assumir o posto. “Como bom soldado do PT e do Brasil, tenho muita expectativa em ajudar o governo e, assim, o País. Seja nessa ou em outra função pública. Sinto-me espécie de coringa. Vou para onde me escalarem para alguma função.”


GABINETE POLÊMICO
Quando ocupou a chefia do gabinete, Rosemary foi apontada pela Polícia Federal como integrante de organização criminosa que agia para conseguir pareceres técnicos fraudulentos com o objetivo de beneficiar interesses privados, conforme relatório da Operação Porto Seguro. A escolhida de Lula – e mantida por Dilma até os escândalos virem à tona – intermediava reuniões de autoridades públicas com componentes do grupo, que corrompia servidores para emissão de documentos falsos. 




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