Em 1985, Ná Ozzetti, cantora singular da música brasileira, ouviu pela primeira vez as músicas de outro ‘companheiro de estrada’: José Miguel Wisnik. Desde então, a possibilidade de nascer dali possível parceria surgiu. Após 30 anos, ela enfim vingou a ideia, que rendeu bom fruto. Ná e Zé (Circus, R$ 30, em média) foi recentemente lançado e é primeira oportunidade de ver a dupla em ação. São 14 músicas, entre inéditas e regravações, tais como Subir Mais e Sim, Sei Bem. Todas foram compostas por José, entre 1978 e 2014. “Para mim, é prazer e alegria dedicar disco inteiro às canções do Zé Miguel e de trabalhar em conjunto com ele. Fora tudo (e todos) o que o disco envolveu. Um trabalho coletivo da maior grandeza para mim. É o que mais gosto de fazer na vida”, conta ao Diário Ná.

A cantora também relembra como ela e Zé se uniram em prol de projeto em conjunto. “Primeiramente, surgiu a ideia de fazermos show. Então, naturalmente, contamos com a banda que tem trabalhado com o Zé há alguns anos. A partir do show, que deu muito certo, resolvemos gravar o disco.” Vale ressaltar que, desde então, a dupla têm se apresentando. “O trabalho em equipe foi maravilhoso, mais do que perfeito. Uma reunião de grandes músicos e profissionais. Podemos repetir a dose quantas vezes quisermos, mas sempre sairá trabalho diferente”, comenta a artista sobre equipe que trabalhou no CD, entre eles, Arnaldo Antunes e Marcelo Jeneci. Já a direção do disco é assinada por Marcio Arantes.