Política Titulo Grande ABC
Na região, em dois anos e meio, 42 secretários caem

Governo de Sto.André registrou menor número
de exonerações: duas; em São Caetano foram 13

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/07/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em dois anos e meio de mandato, os prefeitos do Grande ABC tiveram a queda de 42 secretários, funções com a incumbência de colocar em prática os programas de governo. A efeito de comparação, o índice é superior a totalidade de ministérios da presidente Dilma Rousseff (PT), hoje na ordem de 39 Pastas. Esse número representa que, na média, a cada dois meses caem três titulares do primeiro escalão na região. A gestão de Santo André, com Carlos Grana (PT), registrou menor quantidade de trocas – apenas duas no período –, enquanto São Caetano, de Paulo Pinheiro (PMDB), está no topo da lista, com 13 mudanças na área desde o início da gestão.

A quantia configura, a valer da primeira nomeação, o excesso de exonerações da linha de frente no cômputo geral, sem contabilizar remanejamentos internos – quando o nomeado foi deslocado de função, mas não perdeu o status do cargo na Prefeitura –, modificações temporárias ou embutir mais de uma alteração por setor, o que alavancaria o percentual da tabela. Dos nomes escolhidos para começar a atuação no Paço, Pinheiro mexeu em quase todos os espaços (confira lista acima). Em alguns por problemas e outros por não corresponder às expectativas. Passaram ileso, a Cultura e Comunicação.

A situação são-caetanense contrasta com a vizinha Santo André, onde houve interferência em Cultura e Comunicação. Dentro deste contexto, vale citar que Grana é quem mais se utilizou de critério político na composição do secretariado ao alocar aliados angariados antes e durante a eleição, casos de Paulinho Serra (PSD, Obras) e Cícero Martinha (PDT, Trabalho), por exemplo, além de acomodar petistas de alas diferentes. “Na minha avaliação, o número baixo significa acerto nas escolhas. Os indicados deram condições políticas e técnicas para não precisar trocar durante o mandato”, disse Grana.

Em São Bernardo, de Luiz Marinho (PT), único chefe do Executivo da região em segundo mandato, foram cinco substituições. Entre elas, Arthur Chioro que saiu para assumir o Ministério da Saúde e Cleuza Repulho (PT) que sofreu denúncias na Educação. Diadema, chefiada por Lauro Michels (PV), anotou seis cortes. Duas mudanças chamam a atenção: a vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB) perdeu o posto na Assistência Social e Élbio Camillo Júnior amargou a saída após a negociação da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema). Em Ribeirão Pires, de Saulo Benevides (PMDB), foram quatro alterações.

Mauá, de Donisete Braga (PT), teve oito Pastas que contaram com reformulação no comando. O petista foi o segundo que mais mexeu no tabuleiro. As modificações, em alguns casos, se deram com vistas a abrir participação a apoiadores. A mudança com maior impacto, no entanto, aconteceu com a saída de Atila Jacomussi da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), hoje deputado estadual. Em Rio Grande da Serra, de Gabriel Maranhão (PSDB), quatro substituições. “Quando necessário é importante colocar pessoa nova na equipe. Oxigena e não deixa ficar estático”, alegou o tucano.  




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