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Thiago Pereira faz história no Pan

Nadador conquista ouro e bronze, chega a 21 medalhas e supera Gustavo Borges como o maior do Brasil na competição

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
16/07/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Thiago Pereira entrou na disputa do Pan-Americano ciente de que a missão de ultrapassar Gustavo Borges como o maior medalhista do Brasil na história era relativamente tranquila, afinal, precisava de duas medalhas em oito provas. Conseguiu o objetivo ontem, no segundo dia, quando conquistou o bronze nos 200 m peito e o ouro no revezamento 4 x 200 m livre – já havia conseguido outro primeiro lugar na terça-feira, no revezamento 4 x 100 m livre.

Agora, o Mister Pan tem 21 medalhas – 14 de ouro, três de prata e quatro de bronze – e está bem perto de construir história ainda maior na competição. Thiago precisa de mais uma conquista para igualar o desempenho do ex-ginasta cubano Eric Lopez, maior vencedor da história com 22 pódios – 18 ouros, três pratas e um bronze.

O brasileiro pode conseguir a proeza hoje, quando a partir das 11h30 (de Brasília) disputa as eliminatórias dos 400 m medley (quatro estilos) e dos 100 m borboleta. Thiago ainda nadará os 100 m costas e os 200 m medley em Toronto.
“Busco ser o maior medalhista da competição. Não será só o Thiago, vai ser o Brasil. Espero com isso motivar mais a criançada”, disse Thiago.

MAIS MEDALHAS
Na primeira final da programação, Manuella Lyrio foi bronze nos 200 m livre. Logo depois, o País colocou dois nadadores no pódio dos 200 m peito, com Thiago Simon conseguindo o ouro e o recorde pan-americano, com 2min08s22, e Thiago Pereira, o bronze.

O dia ainda reservava bons resultados. João de Lucca venceu a prova dos 200 m livre. Por fim, João de Deus conquistou o bronze nos 200 m costas. 

Ginastas da região brilham e garantem três medalhas das obtidas pelo Brasil

Com dois centros de excelência, o Grande ABC vem ratificando a fama de celeiro da ginástica. Ontem, último dia de disputa da modalidade no Pan, Caio Souza, atleta de São Bernardo, ganhou bronze no salto, com 14.925 pontos. Com isso, a região termina com três medalhas em Toronto, já que o são-caetanense Arthur Zanetti foi ouro nas argolas e também participou, ao lado do colega de clube Lucas Bittencourt e Caio Souza, da equipe brasileira que conquistou a prata.

O desempenho certamente seria melhor caso Diego Hypólito, atleta de São Bernardo, tivesse participado da competição. Ele desistiu da disputa para focar no Mundial de Glasgow, na Escócia, em outubro.
Ainda ontem, outros brasileiros brigaram por medalha, mas passaram longe do pódio. Arthur Nory foi sétimo no salto e oitavo nas barras assimétricas, prova que teve Lucas Bittencourt em sétimo. Francisco Barreto caiu na execução da série nas paralelas e foi apenas o oitavo, logo atrás de Caio Souza.

Entre as mulheres, a andreense Daniele Hypólito caiu no solo e terminou em oitavo. Já Flavia Saraiva ficou em sexto. Por fim, Julie Kim Sinmon foi quarta na trave, uma posição à frente de Flavia Saraiva.

No geral, o Brasil terminou o Pan com cinco medalhas, sendo apenas uma de ouro, desempenho pior do que em 2011, em Guadalajara, quando conseguiu três douradas, uma prata e dois bronzes.

Após polêmica, EUA vencem Brasil na final do polo aquático

Em partida cercada de expectativa pelas farpas trocadas nos bastidores, os Estados Unidos derrotaram o Brasil por 11 a 9 e levaram o ouro na final masculina do polo aquático, ontem, em Toronto. Foi o sexto título consecutivo da equipe norte-americana na modalidade.

A polêmica começou na primeira fase quando dirigentes dos Estados Unidos reclamaram da atitude do Brasil em naturalizar seis jogadores estrangeiros para ter equipe forte com foco na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
A situação ficou mais complicada quando o Brasil derrotou o Canadá e obrigou os anfitriões a enfrentar os norte-americanos na semifinal. Como o Pan valia vaga no Rio de Janeiro, só o vencedor estaria na Olimpíada. Os Estados Unidos venceram em jogo bem difícil.

Os dirigentes brasileiros argumentaram que não fizeram nada que a regra não permitia, mas de certa forma motivaram os norte-americanos para a final de ontem. Era visível em cada disputa que a vitória valia muito mais do que o ouro. Mais experientes, os Estados Unidos se impuseram e venceram.

“É uma lição para todo mundo. Era um título importante e a gente queria. Eles estavam motivados, mordidos, mas nós também”, comentou Felipe Perrone, que é brasileiro, mas antes atuava pela Espanha. “Só o ouro nos interessava”, completou Adrian Delgado, que é espanhol, filho de brasileiro.




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