O show ainda no sábado por Catalau (ex-Golpe de Estado) e, em seguida, a banda Gesto mostrou seu repertório próprio e de covers. Cássia subiu ao palco por volta da 1h30 deste domingo. Sentou em seu banquinho, saldou o público com um “boa noite” e começou com a francesa Non, Je Ne Regrete Rien.

A seqüência das músicas, depois, foi praticamente a mesma do disco. A única substituição foi a saída de Todo Amor que Houver Nessa Vida para dar lugar a Gatas Extraordinárias. Foram incluídas, ainda, Aprendiz de Feiticeiro (com um show à parte do acordeon de Francisco Charles) e Eu Sei, logo após a primorosa versão de Por Enquanto, ambas da Legião Urbana.

Para a artista, o show precisa de acertos. “É o quinto que fizemos. Acredito que temos de aumentá-lo um pouco, porque no ensaio está bom, mas na hora de apresentar parece que fica curto”, disse, após o encerramento.

O modelo acústico colocou os músicos em linha reta na frente do palco. Atrás, apenas a bateria e a percussão. Inquieta no banco, Cássia levantou já no meio da terceira música, mas voltou logo. Sua característica de pouco conversar com os espectadores foi suprida por lances como o banho de água em si própria, reboladas, assovios, uma cheirada no tênis, alguns cigarros, cervejas e até uma automassagem nos seios.

Entre alguns histéricos gritos femininos, o público esteve animado e vibrou principalmente com Malandragem, Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band e O Segundo Sol, a mais cantada. As jovens percussionistas Lan Lan e Thamyma protagonizaram uma inspirada apresentação.

Fã no palco – Cássia Eller cantava De Esquina quando um rapaz, identificado apenas como Fabrício, subiu ao palco. Ele a abraçou, falou algo em seu ouvido e deu-lhe um beijo na cabeça. A cantora se despediu do rapaz, retirado por sua segurança, com um sinal de positivo. “Isso faz parte”, comentou ela, bem-humorada, ao fim do show.

Já fora do palco, uma confusão se formou em torno do rapaz. A reportagem do Diário presenciou ele sendo levado para a sala do Departamento Social do Aramaçan por três seguranças da empresa Astro, contratada pelo clube. O fã estava sem os sapatos e reclamava que havia sido agredido. O segurança Vinícius Reda, que acompanhou o caso, afirmou que “não houve agressão”. Fabrício foi retirado do show. Neste domingo, não havia nenhum registro de ocorrência no 4º DP de Santo André. Questionada sobre a possível agressão, Cássia foi enfática: “Isso não deve acontecer. Isso é horrível”.