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Gosta de livros de mitologia grega? Conheça alguns
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
27/03/2011 | 07:01
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Na infância, a gente torce para que algumas coisas existam e outras não - na realidade, nada muda após virar adulto. Isso também acontece com Emily, protagonista de Pegasus e Fogo do Olimpo (editora Leya, 206 págs., R$ 29,90). A diferença é que, no mundo dela, fatos inimagináveis e criaturas fantásticas podem realmente surgir em sua vida.

Aos 11 anos, a garota torna-se triste, após a morte da mãe. E se não fosse pelo grande companheirismo e amor que sente pelo pai, o policial Steve Jacobs, a superação seria bem mais complicada. Em uma noite de tempestade, Nova York vira tremenda bagunça.

Emily nunca imaginaria que o caos na cidade em que mora era consequência de terrível batalha no Olimpo. Já ouviu falar sobre isso? É a morada dos deuses da mitologia grega e romana (as duas são parecidas, mudam alguns detalhes, como os nomes dos personagens). Por lá, nem Júpiter - o mais importante dos romanos, chamado de Zeus pelos gregos - consegue destruir os Nirads, monstros que querem apagar a chama, fonte da existência do Olimpo. Onde a menina entra nesse rolo? No meio do temporal, ela percebe que algo cai no alto de seu prédio. Emily descobre ser Pegasus, o famoso cavalo alado.

 

O QUE FAZER?

Em geral, quando alguém está em apuros pede ajuda ao amigo, né? Não Emily. A garota vai buscar o encrenqueiro colega de classe Joel, com o qual nunca conversou, para auxiliá-la. Como viu o menino desenhando vários Pegasus no caderno, acredita que ele goste muito do bicho. Assim, a dupla, a princípio sem afinidade, une-se para salvar um mundo, que nem imaginava existir, e a própria humanidade.

É justamente esse tipo de herói que a autora Kate O'Hearn mais gosta. "Sempre acreditei que as pessoas comuns fazem toda a diferença. E na maior parte do tempo, não querem nem um obrigado. São apenas pessoas maravilhosas e generosas do dia a dia. Acredito que você, eu, todos podem fazer uma enorme diferença no mundo se tentarem."

O livro, primeiro da série Olimpo em Guerra, é daqueles que a gente lê sem esquentar a cabeça. O único compromisso é o de não ficar com medo ou vergonha de viajar na fantasia. Apesar dos dramas pessoais de vários personagens, é impossível conter o riso em muitas partes, como nas vezes em que Emily chama Pegasus de Pegs.

Kate, que cresceu em meio a muitas história mitológicas, adorou misturá-las ao século 21. "O que me deixou mais animada foi colocar os poderosos olímpicos no nosso mundo e imaginar o quão difícil seria se adaptarem." E a escritora tem recado para os brasileiros: "Coloquei Pegasus em Nova York, mas poderia muito bem ter sido no Brasil. Nesse caso, teria me divertido muito encontrando maneiras de escondê-lo no Rio de Janeiro!"

 

Brasileiro se inspira em mitologia - A série sobre o garoto Percy Jackson é a principal responsável por reacender o interesse pelas histórias cheias de mitologia. Mas não são só os gringos que criam tramas inspiradas no tema. Acaba de chegar às prateleiras Móbile de Estrelas (Komedi, 144 págs., R$ 20), segundo volume da trilogia O Segredo do Caleidoscópio, criada pelo brasileiro Marcos Lopes.

O autor não reconta lendas. Na realidade, usa elementos, cenários e seres da antiga crença grega para escrever novas aventuras. No primeiro livro - O Voo dos Sonhos -, os personagens de três histórias distintas, apenas com objetos mágicos em comum, se cruzam no decorrer das páginas. "Pensei em brincar um pouco com a mitologia. O segundo traz a origem de vários mistérios que estão no primeiro", conta Marcos.

Em Móbile de Estrelas, outras tramas, que a princípio também parecem não ter ligação, estão conectadas por uma antiga profecia. Se concretizada, ela será capaz de mudar o futuro da humanidade. "Não é história linear. Apesar de ser leitura rápida, queria que o jovem pensasse ao ler." Quer saber mais? O autor prepara noite de autógrafos para 7 de maio, às 18h, na Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37), em Sampa.

 

Tudo o que você precisa saber sobre - Tem coisas que parecem muito simples de se fazer; pura ilusão. Nem sempre a gente consegue executar tudo - por mais fácil que aparenta ser - sem a ajuda de um adulto. Na adolescência, isso irrrita, às vezes.A galera que não suporta depender dos mais velhos pode conferir as dicas de Diário das Garotas Fantásticas, de Alexandra Johnson, e Diário dos Garotos Espertos, de Martin Oliver, (Lua de Papel, 128 págs., R$ 22,90 cada).

As obras funcionam como guias, com truques e orientações para se virar em casa, na rua e até em situações de perigo. E não pense que para as meninas ensina-se apenas como fazer unhas ou ter cabelos bonitos. Elas também descobrem como lavar carro e dar nó em gravata. Já os meninos recebem instruções preciosas de como pregar botão, cozinhar espaguete e consertar pneu furado. Ilustrações ajudam a entender melhor as tarefas; pequenos textos garantem que tudo será feito com segurança.




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