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Cepal: China pode causar um 'boom' comercial na América Latina
Por Da AFP
06/02/2007 | 18:16
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A América Latina pode experimentar um "boom" comercial nos próximos dez anos se a China mantiver seus níveis atuais de crescimento econômico. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo chileno Andrés Solimano, especialista da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina), em Havana.

"Se a China sustentar mais cinco ou dez anos sua taxa de crescimento atual, a América Latina pode ter um 'boom' dos termos de troca muito grande", disse, acrescentando que não há sinais de que a economia chinesa vá sofrer desaceleração, pois seu PIB (Produto Interno Bruto) per capita é de cerca de US$ 3 mil.

Isso garante à China um alto nível de investimento e de crescimento em comparação com as nações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos), cuja renda por habitante é de US$ 30 mil.

Solimano destacou que as importações chinesas de 2004 "vêm puxando para frente o carro da economia da América Latina", com uma melhora significativa dos preços de produtos básicos e primários que a região exporta, como alumínio, cobre, petróleo e soja.

No entanto, ressaltou que a taxa de crescimento econômico mundial e, em particular, a da América Latina, vão sofrer este ano uma desaceleração de 0,5%.

"O crescimento econômico da América Latina foi bastante variável nos últimos 25 anos", e nesse período "houve uma desaceleração", tendência que pode se manter se não surgirem outros problemas, denunciou.

O especialista disse que, na conjuntura latino-americana, as contas fiscais são mais favoráveis. Ao mesmo tempo, a inflação e o volume das dívidas externas têm diminuído.

Entretanto, os atuais níveis de investimento e produtividade são insuficientes. "É preciso atacar a parte social com mais força, defendeu Solimano.

Atualmente, 220 dos 500 milhões de latino-americanos vivem abaixo da linha de pobreza.



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