Desfalcada, mas bastante confiante, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei encara a Austrália hoje, às 14h, em seu terceiro compromisso na Liga Mundial, no Ginásio Adib Moisés Dib, em São Bernardo. A equipe terá a ausência do técnico Bernardinho, suspenso por dez jogos pela FIVb (Federação Internacional de Vôlei) e de alguns jogadores, mas espera conquistar bom resultado diante de sua torcida. E, apesar de assumir o favoritismo dos donos da casa, o treinador diz que a precaução deve ser fator primordial, já que o adversário vem em ascensão.

“Seria muita hipocrisia minha dizer que o Brasil não é o favorito. Mas precisamos ser realistas. No momento, não estamos jogando grande vôlei. O histórico é a nosso favor, mas a Austrália está em ascendência, vem crescendo muito, venceu a França recentemente e não será jogo fácil. Eles são considerados os azarões do grupo, mas chegaram aqui por méritos. Então, todo cuidado é pouco”, analisou o treinador, que também lamentou profundamente o fato de não estar em quadra. 

“O lado emocional, pessoal, é algo muito duro. Quem está de fora, sofre bastante também. Mas vou procurar ser mais contido. Não irei nem gritar, porque podem pensar que seria alguma instrução e posso ser punido mais uma vez. Mas a nossa equipe é forte, treinou bastante e está preparada para fazer bom jogo”, destacou ele, que mis uma vez será substituído na área técnica pelo auxiliar Rubinho. 

O Brasil está em segundo lugar no Grupo A, atrás da Itália. A Sérvia ocupa a terceira colocação e a Austrália, a quarta. Nos dois jogos iniciais, a Seleção derrotou a Sérvia em Belo Horizonte. 

De volta à equipe nacional, o experiente líbero Serginho lamentou o fato de o Brasil não ter renovado o elenco. O jogador anunciou o adeus à Seleção em 2012, mas ressaltou que jamais negaria uma convocação. Em seu retorno, ele busca se despedir com o melhor desempenho possível. 

“Infelizmente, não tivemos uma grande renovação no elenco. O grupo de atletas que está aqui é experiente, muitos são rodados, passaram por grandes equipes, e estão tendo a chance de se firmar. Outros, que vieram antes deles, não conseguiram aproveitar essa oportunidade. Sempre disse que estaria pronto para me despedir. Mas não poderia negar um convite para defender o meu País. Hoje, a intenção, o meu sonho é parar”, disse o líbero.   

Isac e Serginho recordam com carinho passagens pela região