Economia Titulo Aposentadoria
Fim do fator não onera INSS, diz Faria de Sá
Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
02/06/2015 | 07:00
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Autor da proposta que extingue o fator previdenciário, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) rebate os argumentos de integrantes do governo federal de que as alterações nas regras para aposentadoria irão aumentar o rombo nos cofres públicos. O texto, uma emenda à Medida Provisória 664, foi aprovado pela Câmara e pelo Senado e agora está sob análise da presidente Dilma Rousseff (PT).

O petebista considera como “terrorismo” as ameaças de prejuízo às contas nacionais e lembra que, em 2014, durante as eleições, Dilma apoiou a proposta conhecida como 85/95, nos mesmos moldes que foram apresentados pelo deputado neste ano.

Segundo o parlamentar, as informações de que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está deficitário são falsas. Ele assegura que, no ano passado, a Previdência teve saldo positivo de R$ 54 bilhões.

Mesmo com a regra em tramitação diminuindo o tempo para aposentadoria, Faria de Sá garante que muitos contribuintes irão optar por aguardar para solicitar o benefício. “A pessoa vai poder se programar. Por exemplo, se o homem atingiu a soma de 93, com mais um ano ele poderá se aposentar”, comenta.

Pela proposta 85/95, o trabalhador terá direito ao benefício integral quando atingir, na soma entre idade e tempo de contribuição, 95 anos (para os homens) e 85 (mulheres). Com o fator previdenciário, a pessoa que atinge o tempo de contribuição (35 para homens e 30 para mulheres), mas não tem a idade mínima (65 para homens e 60 para mulheres) tem o benefício descontado.

Um homem de 59 anos que trabalha desde os 23 conseguirá, portanto, se aposentar integralmente caso a regra nova seja aprovada. Pelo fator previdenciário, tem direito a 86,3% desse benefício.

O deputado garante que, caso Dilma não aprove o texto, o Congresso irá derrubar o veto presidencial. “Se vetarem, terão uma surpresa bem desagradável. Sem contar que isso iria queimar ainda mais a imagem dela”, comenta. O Planalto prepara uma proposta alternativa. 




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