A Prefeitura de São Caetano começa hoje discussão popular para produzir o Plano Diretor que vai ditar as regras urbanísticas da cidade de 2016 a 2025. A primeira das quatro audiências públicas sobre o tema ocorre hoje na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Leandro Klein, na Rua Prestes Maia, 100, às 19h, e atende à população dos bairros Nova Gerty, São José, Jardim São Caetano e Mauá, conhecida como região ribeirinha por estar próxima à margem do Rio Tamanduateí.

Sete temas serão discutidos no ato: Mobilidade Urbana, Desenvolvimento Econômico, Habitação, Sustentabilidade, Cidade Conectada, Infraestrutura e Drenagem. Modelos de planos diretores de outras cidades como São Paulo, Chicago (Estados Unidos) e Seul (Coreia do Sul) serão apresentados como base. Ligado aos assuntos, os principais fatos que atingem à região são a chegada da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí-Djalma Dutra), que passará pela Avenida Guido Aliberti, o histórico de enchentes e a demanda por moradias.

“O tema sustentabilidade é central no projeto. A questão da Cidade Conectada é um conceito de aperfeiçoamento da democracia digital. O cidadão poderia colocar suas opiniões de maneira on-line e aproximar todos os bairros”, antecipou o presidente da comissão organizadora do Plano Diretor, Enio Moro Júnior.

Ponto central do estudo será mecanismos de verticalização sustentável, com propostas de se criar regras para que futuras construções possam ceder áreas ao convívio público em troca de projeto maior. No entanto, está definido pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) que a cidade chegou ao limite da verticalização.

Em primeiro momento, o Plano Diretor não irá discutir a denominação de zoneamentos, como industrial e residencial. Essa questão começará a ser debatida logo após a conclusão do planejamento urbano para os próximos dez anos. “Teremos um ano para fazer esse diagnóstico sobre quais são as vocações dos bairros”, explicou Moro.