Economia Titulo Indústria
Volkswagen vai parar
pelo 4º dia seguido

Empresa alega atraso no fornecimento de peças;
em Taubaté, 250 funcionários terão ‘lay-off’

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
14/03/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A produção na unidade de São Bernardo da Volkswagen será paralisada na segunda-feira pelo quarto dia útil consecutivo. A empresa alega que a suspensão das atividades é motivada por problemas na entrega de bancos, mas não informa oficialmente o nome do fornecedor nem que medidas estão sendo tomadas para regularizar a linha de montagem.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Keiper é a responsável pela fabricação dos bancos e estaria com problemas relacionados ao abastecimento de matéria-prima. Procurada ontem pelo Diário, a Volkswagen afirmou que não iria mais se manifestar sobre esse assunto.

As primeiras folgas foram dadas para os turnos da tarde e noite de quarta-feira. No dia seguinte, a produção também parou e a montadora divulgou comunicado interno informando que, ontem, apenas a turma da manhã iria ficar em casa. Pouco depois, emitiu outra circular com o aviso de que toda a fabricação seria interrompida. A cada dia de paralisação, cerca de 1.350 carros deixam de ser montados.

O cenário da demanda é preocupante para a indústria automotiva. O número de veículos produzidos no mês passado no setor foi 29% inferior ao de fevereiro de 2014, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram 200,1 mil unidades fabricadas no último mês.

No início da semana, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté divulgou que a Volkswagen colocará 250 funcionários em lay-off (suspensão de contratos de trabalho) a partir de terça-feira. Desse total, 210 estavam em férias coletivas e retornariam ao trabalho na segunda-feira.

O setor metalúrgico não é o único atingido pela crise. Pesquisa divulgada ontem pela Fiesp e Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) mostra que 1.600 postos de trabalho na indústria foram fechados em fevereiro no Grande ABC. Em 12 meses, foram 19,8 mil demissões.(com Estadão Conteúdo) 




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