Enquanto o coordenador-técnico da seleção, Zagallo, reclamou da proibição de não poder tocar na Taça Copa do Mundo Fifa, pelo menos o goleiro Marcos aproveitou a inoportuna ocasião para cavar sua vaga no grupo que disputará o Mundial da Alemanha, a partir do dia 9 de junho. O encontro dos dois ocorreu nesta quinta, durante a cerimônia de abertura, restrita a convidados, da exibição do troféu no Forte de Copacabana, no Rio – sábado, a visitação será pública, das 9h às 18h. "Não estou forçando nada com o Zagallo e o Parreira, mas se por um acaso der alguma coisa errada e não for à Copa, pelo menos já cheguei perto", disse Marcos, ao posar com a taça ao lado do coordenador-técnico, que riu da situação.

Marcos foi ao evento para representar a conquista brasileira de 2002 – além dele, foram convidados Zagallo (1958), Nilton Santos (1962), Carlos Alberto Torres (1970) e Bebeto (1994).

Apesar dos insistentes pedidos, nem mesmo Zagallo pôde tocar na taça – apenas fingiu. O representante da Fifa para o Tour Mundial, Thomas Von Ubrizsy, explicou que o ácido presente nas mãos afetam os 4,970 quilos de ouro maciço 18 quilates presentes na peça de 36 centímetros.

De acordo com Ubrizsy, "raríssimas" exceções são feitas – como a que ocorrerá nesta sexta, quando o capitão da seleção tetracampeã em 1994, nos Estados Unidos, Dunga, erguer a taça na cerimônia de encerramento da exibição pública no Rio, durante o show do grupo Skank, na Praia do Flamengo, zona sul da cidade.     

O taça passará por 28 países e 31 cidades. No Brasil, a peregrinação terminará no domingo, com a exibição em São Paulo, no Transamérica Expo Center.