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Diretoria decreta luto oficial em homenagem ao atleta
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
10/06/2008 | 07:04
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O presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Ronan Maria Pinto, decretou luto oficial no clube em homenagem póstuma ao meia-atacante do time B, Amauri Rodrigues da Silva. A diretoria também cancelou a cerimônia de entrega da taça relativa à recente conquista do título estadual da Série A-2.

O troféu seria levado ontem à noite à sede social no Parque do Jaçatuba e, às 20h de hoje, apresentado aos cotistas num jantar, já cancelado, que seria realizado no Baby Beef.

O diretor-geral Sérgio do Prado ainda encaminhou um pedido para que haja um minuto de silêncio antes do jogo de sexta-feira, às 20h30, contra o Barueri, na casa do adversário, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Além disso, os treinamentos previstos para ontem foram suspensos. Hoje e amanhã, haverá trabalhos em dois períodos na Estância Santa Luzia, em Mauá.

Na opinião de Prado, a homenagem do Santo André "começou antes" da morte do atleta. Afinal, segundo ele, Amauri estava proibido nos últimos tempos de usar a moto. "Bem que tentamos ajudá-lo. Sabíamos que o garoto corria sérios riscos ao utilizar uma condução perigosa. Eu, o Ronan (Maria Pinto) e o Sérgio Soares (técnico) não parávamos de alertá-lo. O roupeiro tinha ordens para não entregar o material de treino se o menino aparecesse aqui de motocicleta. Havia recomendações para que o Amauri nem entrasse no vestiário se aparecesse de moto no estádio. Estamos tristes pelo que aconteceu, mas temos a consciência tranqüila. Cumprimos a nossa parte", afirma.

Prado elogia o comportamento de Amauri, mas admite que o único problema era o meio arriscado que o jogador usava para se locomover da Capital ao Grande ABC. "Infelizmente, ele não largava daquilo. Era uma verdadeira obsessão. A moto que ele tanta amava o mataria de uma forma trágica", observa.

O vice-presidente da Gestão Empresarial, Romualdo Magro Júnior, igualmente lamentou o episódio, mas reconhece que o Santo André não tinha como acompanhar a rotina de Amauri fora do ambiente profissional. "Independentemente de quem seja, é chocante ver que desaparece um talento prematuro. A gente não aceita, mas fazer o quê? O Amauri pagou o preço da própria imprudência", acredita.




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