A rejeição aos barbudos não tem nada a ver com posição política, mas com ambiente de trabalho e apresentação aos moradores. O diretor presidente da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), William Alli Chaim, pediu aos motoristas e cobradores da empresa que, desde a última quarta-feira, se apresentassem ao trabalho sem barba e com o cabelo devidamente cortado. O bigode foi permitido.
Para mostrar a seriedade da medida, Chaim, que mantinha a barba há 20 anos, resolveu tirá-la e apareceu apenas de bigode na empresa, dois dias antes do prazo estipulado por ele mesmo. “Tenho três filhos e eles nunca me viram sem barba”, comentou o petista. “Me olho no espelho e ainda me pergunto se sou eu mesmo, mas acho que, sem a barba, rejuvenesci uns 10 anos.”
A medida, segundo o diretor, foi uma das adotadas para que a empresa recuperasse sua credibilidade entre os usuários. Os funcionários, segundo Chaim, acataram bem a medida e seguiram seu ‘exemplo‘.
A conduta durante o trabalho, o horário de expediente e o número de recolhidas anormais também estão sendo acompanhadas de perto pelo diretor. E haja disposição: “Chego todos os dias às 3h30 da manhã e acompanho a saída dos ônibus do pátio.”
Juridicamente, obrigar que funcionários se apresentem com ou sem barba não é considerada uma medida legal. O especialista em direito público Nelson Saule Jr. afirma que, no caso de uma empresa de ônibus, proibir a barba não é como cobrar o uso do uniforme, que é regra de convivência da empresa. “Pode ser considerado cerceamento. O aspecto físico não deve pesar e sim a habilidade do motorista.”
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