Presidente da Câmara de São Bernardo, José Luis Ferrarezi (PT) anunciará hoje o cancelamento de contrato firmado por seu antecessor, Tião Mateus (PT), com a EPL (Empresa Paranaense de Licitações Ltda) para realização de concurso público, que visava o preenchimento de 21 vagas na Casa, a fim de substituí-lo por processo seletivo que garanta ocupação de 40 cargos. O petista pretende abrir concorrência com empresas destacadas no segmento, possivelmente celebrando contrato por notória especialização. As fundações Carlos Chagas e Vunesp, ambas da Capital, estão entre as cotadas na disputa.

Com a ampliação, Ferrarezi atende exigência do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que pressiona os legislativos a diminuírem os cargos em comissão. Entre os postos criados há o de controle interno e assistente de cerimonial.

Logo após vitória no páreo pelo comando da Casa, em dezembro, Ferrarezi sinalizou incômodo com o contrato firmado por Tião, uma vez que a Câmara apresenta atualmente deficit em torno de 60 vagas, entre aposentadorias e saídas.

A medida expõe os primeiros contrastes de gestão à frente da Câmara. À época, Tião, alegando falta de recursos, optou pela abertura de 21 vagas, o que gerou desconforto entre os parlamentares, pois havia devolvido R$ 8,5 milhões em sobra de receita para a Prefeitura, referente ao Orçamento de 2013, repetindo devolução também no fim do ano passado, quando restituiu ao Executivo R$ 7 milhões.

Em contrapartida, Ferrarezi sinaliza por legislatura mais priorizada à Câmara ao trocar contrato anterior de concurso público e promover resgate da verba de representação para funções de assessor jurídico, chefe de gabinete da presidência, além de manter as já restituídas.

NOMEAÇÕES
O chefe do Legislativo oficializa também os nomes que vão preencher as sete vagas comissionadas da Câmara. De certo, são as trocas de assessor jurídico e a do secretário-geral.