Região central de comércio popular de São Bernardo foi cenário ontem à tarde de ato contra a homofobia e em defesa da diversidade, que abriu no Grande ABC as várias ações que serão realizadas por entidades ligadas aos LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) até o fim deste mês.

Na terça-feira, representantes da região viajam para Brasília para participar da 2ª Marcha de Combate à Homofobia no Brasil, exatamente no dia mundial de luta à causa, instituído em 1990. Mais de duas décadas depois, muita coisa mudou. Recentemente, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a união estável entre as pessoas do mesmo sexo. Uma vitória importante, na avaliação dessa população.

No entanto, a luta ainda está bem longe do fim, segundo Leandro Recife, professor de Filosofia e fundador da ONG Grupo Liberdade GLBT, responsável pela organização do ato de protesto. "Em 2010, segundo pesquisas, foram 263 mortes dessa comunidade", afirmou.

Os manifestantes se concentraram na Praça Santa Filomena, de onde saiu a passeata pela Rua Marechal Deodoro, e seguiu pacificamente até o Paço Municipal. Com faixas, bandeiras e carro de som, os representantes de São Bernardo, Santo André, Diadema e Mauá se revezavam ao microfone em apoio a qualquer tipo de discriminação. Na calçada, o vaivém das pessoas; na via interditada, as buzinas dos carros destoavam.