O Brasil e outros mercados internacionais ajudarão a Fiat, maior companhia industrial da Itália por receita, a atingir as metas deste ano. As ações da companhia fecharam na última quarta-feira com alta de 14% na Bolsa de Milão. Segundo analistas, os investidores foram estimulados pela confirmação das metas.

"A ação da Fiat recentemente sofreu muito com as dúvidas de que ela pudesse atingir as metas", disse um analista. "Hoje (ontem) essas dúvidas se mostraram injustificadas e as ações dispararam." Apesar da fraqueza no crescimento econômico global previsto para o restante do ano, a Fiat "continua comprometida em atingir as metas para 2008", destaca uma nota oficial. E conta com a ajuda de mercados externos, como o Brasil.

Neste ano, a Fiat reiterou que prevê receita de cerca de 63 bilhões de euros (US$ 98,77 bilhões), de 3,4 bilhões de euros a 3,6 bilhões de euros em lucro operacional e de 2,4 bilhões a 2,6 bilhões de euros em lucro líquido. A companhia também confirmou as metas para 2009, desde que "não haja nenhuma nova deterioração nos preços dos insumos e nas condições da demanda".

O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, disse que a companhia enfrenta neste ano a elevação de 950 milhões de euros nos custos de insumos. Afirmou, no entanto, que a montadora está compensando esse crescimento com o aumento da eficiência e, em parte, com os reajustes de preços.

Marchionne previu declínio de 15% no mercado automotivo da Itália neste ano, mas disse que os carros pequenos ajudaram a montadora a aumentar as vendas domésticas e a participação de mercado na Europa Ocidental.

A montadora anunciou alta de 3% no lucro líquido do segundo trimestre, para 646 milhões de euros (US$ 1,016 bilhão), em comparação com 627 milhões de euros no segundo trimestre de 2007. Atribuiu o ganho ao aumento das vendas de carros, caminhões e máquinas agrícolas.