Pelo menos metade dos municípios da região não deve aderir ao Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). A possibilidade foi oferecida pela Secretaria da Educação que, pela primeira vez, propôs a prova a alunos das redes municipais de ensino.

Das seis prefeituras envolvidas - Rio Grande da Serra só tem pré-escola -, Santo André, Diadema e Ribeirão Pires já negaram interesse na proposta. São Bernardo e São Caetano afirmaram que vão analisar, e Mauá foi a única a dizer sim.

A intenção do governo era contar com a participação dos 645 municípios paulistas durante o exame marcado, na rede estadual, para novembro, quando cerca de 2 milhões de estudantes de 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio passarão por testes de português, matemática e ciências. O objetivo é usar os resultados para traçar metas de qualidade às escolas.

A elaboração do sistema de avaliação continua sendo responsabilidade do Estado - apesar das possíveis diferenças de conteúdo entre os sistemas -, mas os municípios que aderirem terão de arcar com os custos operacionais de aplicação dos questionários.

Para Mauá, que aceitou o ‘convite', os gastos serão pequenos, já que a cidade conta apenas com uma escola de ensino fundamental. Segundo a secretária de Educação e Cultura, Angela Donatiello Lopes, a melhoria da qualidade de ensino exige a utilização de estratégias, instrumentos e ferramentas para diagnósticos e propostas de soluções. "Além de essencial, é um indicador sempre importante para que possamos estabelecer estratégias adequadas, traçando novos rumos e abordagens", diz.

Na contramão, as prefeituras de Santo André e Diadema apresentam o mesmo motivo para não demonstrarem interesse no Saresp.
Ambas já aplicam os exames nacionais recomendados pelo Ministério da Educação, como a Prova Brasil, que avalia o rendimento escolar e as habilidades dos alunos nas mesmas disciplinas.