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G-20 quer impulsionar crescimento em mais de US$ 2 tri
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23/02/2014 | 04:27
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Os líderes de finanças das maiores economias do mundo terão como objetivo impulsionar o crescimento global em mais de US$ 2 trilhões nos próximos quatro anos, visando acelerar a economia mundial em um momento volátil. A meta é que o crescimento global avance 2 pontos porcentuais em 5 anos.

Reunidos em Sydney neste final de semana, o grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, considerou um plano do Fundo Monetário Internacional (FMI), que inclui a recomendação de que as economias avançadas mantenham sua política de estímulos.

O plano prevê que os mercados emergentes controlem a inflação e aumentem a competitividade por meio da reestruturação das suas economias.

O FMI estabeleceu uma estratégia para que o crescimento da economia global suba 0,5 ponto porcentual ao longo de quatro anos a partir de 2015. O fundo projetou que o crescimento global será de 3,7% este ano e de 3,9% em 2015.

Os investidores, porém, devem moderar as suas expectativas. As tentativas anteriores do G-20 não foram suficientes para estimular o crescimento ou foram minadas pelas realidades da política nacional e internacional.

"A economia global continua longe de alcançar um crescimento forte, sustentável e equilibrado", disse o G-20, em seu comunicado oficial.

Os ministros de finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países do G-20 discutiram maneiras de lidar com as turbulências da economia da global, e falaram sobre a redução do programa de estímulos dos EUA, a tentativa dos mercados emergentes de subjugar os fluxos de capital voláteis e a estratégia para a zona do euro evitar a deflação.

Alguns países em desenvolvimento disseram que a recente volatilidade dos mercados emergentes refletiu a rápida redução do programa de compra mensal de ativos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Já o Fed atribuiu a volatilidade às políticas internas dos países.

Mesmo com os sinais recentes de melhora nos Estados Unidos e na zona do euro, o G-20 continua preocupado com a elevada taxa de desemprego em países ricos e com a desaceleração do crescimento das economias emergentes.

A nova estratégia do G-20 precisa que os Estados Unidos, o Japão e a zona do euro mantenham os estímulos para os mercados, enquanto os governos adotam medidas para reduzir os níveis de dívida pública e para tornar suas economias mais competitivas.

Durante as reunião com os demais presidentes das autoridades monetária, Janet Yellen, presidente do Fed, concordou em ser cautelosa com a saída do programa de estímulos para evitar impactos negativos no crescimento econômico norte-americano.

Além disso, o plano do G-20 recomenda que os países emergentes controlem a inflação. Os governos das economias avançadas e emergentes disseram que vão trabalhar na reestruturação de suas economias, incluindo o mercado de trabalho.

O plano do FMI ainda considera que países com superávits comerciais expressivos, como a Alemanha e a China, devem aumentar o consumo interno e se afastar da dependência das exportações.

"Nós sabemos que a reforma estrutural é difícil, mas não temos escolha", disse Joe Hockey, secretário do Tesouro da Austrália. Fonte: Dow Jones Newswires.




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