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Polícia resgata animais que eram maltratados em pet shop
Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
29/01/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Após denúncia de moradores, a Polícia Militar flagrou pet shop que mantinha animais em condições inadequadas na tarde de ontem, em Santo André. No estabelecimento, localizado na Rua Saracanta, 19, no Jardim Guarará, foram encontrados dois gatos mortos, além de cães e aves doentes em ambiente sujo e com mau cheiro.

Denominado Phetrinho, o comércio estava fechado ao público havia dois dias, segundo os vizinhos. “Já cansamos de falar para a proprietária que os animais ficavam sem água e comida expostos ao sol, mas ela não se importava”, destaca a cobradora de ônibus aposentada Luiza Galvão Bueno.

A veterinária do grupo Defesa Animal, Lílian Holanda, afirma que todos os sete cães, dois gatos, oito codornas e dois coelhos mantidos no pet shop estavam doentes. “Alguns estão magros ao extremo, com secreção ocular e nasal e desidratação severa”, observa. A especialista fará laudo que avalie o estado de saúde dos animais para ser anexado ao boletim de ocorrência. A Polícia Ambiental apreendeu ainda uma tartaruga no espaço.

A proprietária do estabelecimento, Silvia Valente, 45 anos, foi autuada em flagrante por crime contra as relações de consumo e responderá por maus-tratos animais, explica o delegado do 6º DP (Vila Luzita), Marcos Cattani. “Foram encontrados medicamentos e rações com prazo de validade vencido”, diz. A pena para o crime varia entre dois e cinco anos, mas pode ser afiançável.

Esta não é a primeira vez que Silvia é alvo de denúncias, segundo o delegado. “Temos várias ocorrências por maus-tratos contra ela. Além disso, o estabelecimento não tem alvará para funcionamento nem da vigilância sanitária”, observa Cattani. No dia 12 de julho a proprietária foi autuada pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Prefeitura de Santo André por condições inadequadas.

Em sua defesa, Silvia, que se candidatou ao cargo de vereadora do município nas últimas eleições, destaca já atuar na área de proteção animal há 39 anos e que sofre perseguição por parte dos vizinhos. “Invadiram meu estabelecimento e soltaram os cães, que estão lá para doação”, revela. Segundo ela, a loja estava fechada porque foi alvo de assaltos por quatro vezes. “Visitava o local duas vezes por dia para cuidar dos bichos e limpar”, comenta.

Os animais ficarão sob responsabilidade da ONG Defesa Animal, onde terão cuidados médicos e depois serão encaminhados para adoção. 




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