Ninguém sabe qual o cargo e por qual partido o ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da Capital José Serra, hoje no PSDB. Há muita especulação sobre o futuro político do tucano. Ele deve definir sua participação no pleito do ano que vem aos 45 minutos do segundo tempo. Lideranças do partido no Grande ABC aguardam ansiosos o anúncio de Serra. Caso deixe o PSDB, muita gente vai com ele. Se ficar, a maioria também permanece. Um ou outro deve ser a exceção. Estão todos atentos aos passos de Serra. Mas a definição é estritamente pessoal. É ele e ninguém mais que vai definir seu caminho. Analisará a conjuntura. De bobo não tem nada. O problema é que deixa toda a estrutura tucana de mãos atadas. Por enquanto, todos tocam seus projetos individualmente, isoladamente. Outros partidos, como o PT, têm discussões adiantadas sobre a chapa de deputados estaduais e federais, por exemplo. No tucanato regional, poucas definições. Apenas o vereador de Diadema José Dourado se coloca como candidato à Câmara Federal. Com cadeira em Brasília, William Dib disputará a reeleição. Provavelmente pelo PSDB. Mas o ex-prefeito de São Bernardo também aguarda a definição de Serra. Orlando Morando buscará seu quarto mandato como deputado estadual. É outro que acompanha o movimento do ex-governador. Demais nomes tucanos ventilados até o momento são mera especulação. Como diz a música da banda Jota Quest, tudo está parado esperando uma palavra.

A conferir

O prefeito andreense, Carlos Grana (PT), disse ontem que vai fazer a cidade entrar no seleto grupo das dez melhores para se vive no Brasil em três anos e meio, tempo que resta de seu primeiro mandato. No IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) divulgado segunda-feira, Santo André está na 14ª colocação no ranking nacional. O petista esqueceu, porém, que os números são divulgados de dez em dez anos pela ONU. Portanto, não haverá medição no período citado. Somente em 2023 os números serão atualizados. Até lá, outro prefeito estará na principal cadeira do Paço. Ou será que não?

Obediência

O candidato à presidência do PT de São Bernardo Brás Marinho disse ontem que, se vencer a eleição interna, exercerá mandato independente. Inclusive, sem conexões diretas com a Prefeitura, comandada por seu irmão, Luiz Marinho (PT). Para exemplificar o respeito que haverá entre governo e partido, deu justificativa familiar. “Quando o mais velho fala, o mais novo tem de escutar”, afirmou Brás, de 58 anos, quatro a mais do que Marinho. Será? Dizem que vai ser como é hoje: o inverso.

Carimba

A ficha de filiação do presidente do Tigre, Luiz Fernando Teixeira, chegou ao PT de São Bernardo. Será analisada. Mas tem a bênção do prefeito Luiz Marinho e do ex-presidente Lula. Alguém duvida da aprovação?