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Porta

Não costumo neste espaço tratar de ações específicas dos movimentos que milito. Todavia, um pecado deixar de compartilhar tal experiência

Por Carlos Ferrari
27/04/2011 | 00:00
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Não costumo neste espaço tratar de ações específicas dos movimentos que milito. Todavia, dado a grandeza revolucionária da proposta, o momento histórico que vivemos e a multiplicidade de atores envolvidos, seria um pecado deixar de compartilhar tal experiência.

Vamos então por partes. Falo de grandeza revolucionária, pois quando tratamos do Porta, apresentamos uma concepção de qualificação dos serviços socioassistenciais, a partir do estabelecimento de parâmetros de qualidade para a oferta, monitoramento, e acesso a Programas Orientados para Reabilitação, Trabalho e Acessibilidade.

É isso mesmo, Porta é uma sigla, e abrir portas foi o jeito encontrado pela Federação Nacional das Avapes para, a partir de uma perspectiva civilizatória e republicana, assegurar direitos, e produzir uma grande transformação na articulação e empoderamento de entidades de pessoas com deficiência de todo o Brasil.

Quanto ao momento histórico, tenham a certeza, não trata-se de exagero, ou preciosismo com a retórica. Na semana que comemoramos o Dia do Trabalhador olhamos para o futuro e vislumbramos para o Brasil a recepção de grandes eventos esportivos internacionais, dentre eles uma paraolimpíada; um crescimento econômico atrelado a um compromisso com as classes sociais menos favorecidas, e enormes alternativas de recursos naturais ainda não aproveitados. Estamos diante de uma determinação pública de nossa presidente, de erradicação da extrema pobreza, e com possibilidades infinitas de intervenção direta junto aos mais pobres a partir da consolidação do Sistema Único de Assistência Social, articulando a rede de equipamentos estatais e as organizações não governamentais. Abrir milhares de Portas no Brasil então, não é uma opção de uma organização ou movimento, mas sim uma estratégia proposta diante do chamamento recorrente feito pelas diferentes e múltiplas vozes do País até há tão pouco, ainda não escutadas.

Por fim, a multiplicidade de atores aos quais me refiro, são aqueles que até aqui já tanto têm contribuído para que o Brasil tenha em suas estatísticas alcançado quase 300 mil pessoas com deficiência colocadas no mercado formal de trabalho. Sindicatos patronais e de trabalhadores, empresas, centrais, integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nas três esferas, além de entidades de pessoas com deficiência de todo o País, têm se juntado à Fenavape para viabilização de Portas em todo o território nacional. Mais do que um dia de festa, o 1° de maio pode ser um momento de reflexão. Aproveitemos para trazer para o debate mais gente comprometida com o Brasil e com as prioridades eleitas pela população como as mais importantes. Enquanto avapeano, convido a todos a participar ativamente enquanto protagonistas nessa jornada para abertura de Portas por todo o País.




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