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Nesta semana é o caso

É o caso de dizer-lhes o quanto se tornou fácil para cadeirantes, idosos, mães com seus bebês, enfim, para a população em geral, passear por calçadas

Carlos Ferrari
30/03/2011 | 00:00
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É o caso de dizer-lhes o quanto se tornou fácil para cadeirantes, idosos, mães com seus bebês, enfim, para a população em geral, passear por calçadas de grandes e pequenas cidades aqui da nossa Pátria Mãe. A população descobriu que, a partir de uma pequena reforma na frente de casa e em seus estabelecimentos comerciais, faria uma revolução no País. Foi de conversa em conversa que vizinhos de fofoca, de cumprimentos casuais ou simplesmente vizinhos por acaso do destino, decidiram que ir e vir passaria sim a ser um direito de fato, e com poucos reais e determinação republicana transformaram o Brasil em um local onde todos podem sair de casa.

É a hora de contar como o preconceito se tornou algo demodê. Ninguém mais hoje suporta discriminar o outro, pois todos perceberam que isso agride sua própria condição e direito de ser diferente. Comenta-se nas ruas e em programas como o BBB o quanto padrões de beleza, de comportamentos e de linguagem são ultrapassados e só servem para apequenar e estabelecer um senso de mediocridade para a população como um todo.

Por esses dias não posso deixar de falar o quanto a opção nacional pela ética como um princípio inegociável transformou a economia e a vida em sociedade. Aqui, no nosso País tropical, os impostos são utilizados para custear serviços públicos de Educação, Saúde, Segurança Pública, Esporte, Assistência Social, Cultura e Lazer. Com isso, as pessoas deixaram de pagar pelo o que há muito tempo deveria ser ofertado pelo Estado e passaram a comprar mais, viajar mais, produzir mais. É isso mesmo como você pensou e completou antes de mim, passou-se a viver mais por aqui.

Por fim, aqui desse belo barco, tenho que dizer como é maravilhoso respirar ar puro e navegar pela grande São Paulo. Demorou para todos percebermos o quanto seria bom para nossa qualidade de vida adquirirmos uma nova postura frente aos problemas ambientais. Passamos a cuidar do destino de nosso lixo, comprar produtos de empresas verdadeiramente comprometidas com o meio ambiente e optamos por viver em cidades mais verdes e menos impermeabilizadas.

Na semana do dia da mentira, escrevo para não deixar de sonhar e para trazer ao nosso mundo real reflexões sobre pequenas decisões que poderiam mudar um país. Já que por hora a viagem no pequeno barco não é possível, viajo em meio a ideias, prontas para se transformar em verdade. Para que isso ocorra, não precisamos de uma nova lei, uma grande guerra, e nem do fim do mundo. Basta começarmos. Antes que alguém da turma do quanto pior melhor possa argumentar, afirmo sem medo de errar: não há nada de romantismo nisso; é mão na massa, mudança de atitude e compromisso social. Pode ter certeza que quando fazemos escolhas contagiamos o meio, conquistamos adesões e testemunhamos resultados já no curto prazo!




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