"A paixão pelo prosaico e pela fugacidade da vida são marcas profundas da obra bressoniana. Sua investigação não buscava a obtenção de fotografias grandiosas, mas sim, a descoberta da beleza e da delicadeza dos pequenos gestos cotidianos, reveladores da face humana", define o coordenador da mostra "Henri Cartier-Bresson: Fotógrafo", Eder Chiodetto.

A atual geração, que a tudo registra com máquinas digitais, tem muito a se inspirar com o francês.

A exposição com entrada franca ocupa dois andares do Sesc Pinheiros. No térreo, estão agrupadas 40 imagens em estilo street photography, com flagrantes de rua que enfatizam a poesia do cotidiano. No segundo andar, estão 93 fotos divididas em dois núcleos: Conflitos, no qual mostra fatos jornalísticos de relevância, e Retratos, em que as lentes de Bresson registraram personalidades.

Bressonianas, a mostra paralela no Sesc Santana (recorte da exposição maior em cartaz no Sesc Pinheiros) terá 42 imagens de sete fotógrafos brasileiros que assumem em suas obras a influência de Cartier-Bresson. São eles: Cristiano Mascaro, Carlos Moreira, Juan Esteves e Tuca Vieira de São Paulo, Flávio Damm, Orlando Azevedo e Marcelo Buainain.

Uma programação integrada reúne os fotógrafos da mostra Bressonianas, pesquisadores e escritores com o intuito de levantar questões acerca do fotojornalismo contemporâneo. Serão oficinas, bate-papo, relatos, saraus e cursos. As atividades acontecem no SESC Pinheiros. Confira os detalhes no site do Sesc (www.sescsp.org.br).