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Congresso sindical internacional debate homossexualismo
Do Diário do Grande ABC
05/04/2000 | 11:09
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O Congresso da Confederaçao Internacional de Sindicatos Livres (CISL) abordou nesta quarta-feira, pela primeira vez, a discriminaçao contra os homossexuais no trabalho, um tema que suscita controvérsias especialmente entre os sindicatos da Africa e da Asia.

Em seu informe sobre a justiça social, a CISL lamenta que ``é necessário que a igualdade para todos signifique realmente que todas as pessoas serao tratadas igualmente, mas os homossexuais sao freqüentemente alvo de discriminaçao'

O Congresso fixou o objetivo de ``identificar a homofobia organizada no local de trabalho e criar redes para lutar contra o sectarismo'.

A questao é muito polêmica, já que muitas federaçoes sindicais sao as primeiras a discriminar ou mesmo criminalizar homossexuais. Em 86 países, a homossexualidade é ilegal e passível de pena de morte, como no Sudao, Mauritânia, Arábia Saudita, Ira e Afeganistao.

Vários sindicatos africanos e asiáticos negam que exista homofobia ou mesmo que haja homossexualidade.

``Nós nao temos esse problema porque, no nosso país, ninguém é homossexual', diz o secretário-geral do UNTM de Mali, Siaka Daikite. Seu colega de Burkina Faso, Roger Tapsoba, do CSB, acha que ``é preciso começar a falar no tema', mas lembra que em seu país ``a homossexualidade é considerada uma abominaçao'.

Alguns apresentam convicçoes religiosas. Uma delegada do CGSL do Gabao diz que a maior parte da populaçao do seu país é crista e que a homossexualidade ``nao está em nossa religiao'. Já em Taiwan o pessoal é mais direto: ``Somos contra os homossexuais', afirma um membro da organizaçao regional da CISL na Asia, para depois tentar consertar: ``Mas lutamos contra o assédio sexual'.

A CISL considera que o maior problema sexual no trabalho é o assédio, mas cita várias investigaçoes para afirmar que um quarto dos homossexuais que procuram a confederaçao dizem ter sido despedidos por causa de sua orientaçao sexual.




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