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Emprego na indústria de SP é o 2º melhor de setembro em seis anos
Da Agência Brasil
18/10/2006 | 17:07
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A indústria de transformação de São Paulo registrou em setembro o segundo melhor resultado dos últimos seis anos na geração de novos postos de trabalho nesse mês. O nível de emprego subiu 0,28% sobre agosto passado, com a criação de 5.974 postos de trabalho. Essa variação só ficou abaixo de setembro de 2004, quando houve aumento de 0,75%. No ano passado, o emprego havia crescido 0,20% com a absorção de 4.257 trabalhadores no mercado.

De janeiro a setembro deste ano, a indústria ampliou seus quadros em 61.935 pessoas, número 2,96% maior do que em igual período de 2005. Nos últimos 12 meses, houve uma variação positiva de 0,37%, com a contratação de 7.185 novos empregados na indústria.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). A pesquisa Nível de Emprego Regional da Indústria é realizada mensalmente em 1.946 indústrias, que empregam 711 mil pessoas. Segundo os cálculos do Ciesp, o crescimento foi maior no interior do estado (+ 0,32%). Na Grande São Paulo, a variação ficou em 0,14%.

De acordo com a análise de Carlos Cavalcanti, economista-chefe do Ciesp, o bom desempenho é reflexo do aquecimento no comércio varejista e da renovação de estoques para as vendas de final de ano. Cavalcanti disse que dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram que na virada de julho para agosto houve um crescimento de 2,6% nas vendas do varejo no país. A previsão dele para este mês é de "um outubro morno", com uma variação estável próxima de zero ou 0,1%.

Em sua avaliação, no fechamento do ano o resultado do emprego deverá ser um pouco melhor do que em 2005, podendo "repetir em novembro o mesmo desempenho registrado em 2004". Apesar disso, observou que tradicionalmente "são ruins os resultados do último trimestre", em comparação com os demais períodos do ano.

O diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Boris Tabacof, comentou que a grande expectativa agora dos empresários é sobre o comportamento do mercado no ano que vem, sobretudo do mercado internacional. "Vai-se criando cada vez mais ansiedade sobre 2007", afirmou. Tabacof voltou a se queixar do valor depreciado do dólar, apontando que as exportações têm crescido mais em valores financeiros por conta de elevação do preço das mercadorias e não em volumes físicos de vendas. E destacou que "o número de exportadores tem diminuído, ficando concentrado entre os segmentos de matérias-primas."




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