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Iraque, Cuba e Vietnã são os piores países para a imprensa
Da AFP
02/05/2003 | 08:43
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Iraque, Cuba e Vietnã lideram a lista dos piores lugares do mundo para exercer o jornalismo, de acordo com uma lista divulgada nesta sexta-feira pelo Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ), baseada em ameaças reais à liberdade de imprensa.

A Colômbia também foi incluída na relação junto com Afeganistão, Chechênia, Cisjordânia, Gaza, Eritréia, Togo e Belarus.

O Iraque é o número um da lista por causa do alto número de profissionais mortos durante a invasão liderada pelos Estados Unidos. Nas três primeiras semanas do conflito, nove jornalistas morreram em ação por fogo de ambos os lados, minas ou atentados suicidas. Outros quatro morreram em acidentes ou por doenças, enquanto vários ficaram feridos e dois continuam desaparecidos.

"Embora a maioria dos combates pareça ter terminado, as condições para os repórteres continuam sendo precárias", disse a CPJ num comunicado. "Vandalismos, disparos e ataques físicos podem fazer do Iraque uma missão perigosa num futuro previsível", acrescentou.

Cuba foi lembrada pela onda de repressão contra os dissidentes lançada em março pelo regime do presidente Fidel Castro. De acordo com a entidade, 28 jornalistas foram presos e condenados em julgamentos sumários, sentenciados a períodos entre 14 e 27 anos de prisão.

"A repressão sem precedentes em sua natureza é o ápice de anos de repressão e intimidação, incluindo prisões, exílios forçados, confisco de bens, suspensão dos serviços telefônicos e uma perseguição orquestrada por máfias pró-governo", segundo o grupo.

No Vietnã, terceiro na lista, a CPJ destaca a intensificação da repressão do governo contra escritores independentes e dissidentes políticos do Partido Comunista.

"O governo, no geral, acusa os jornalistas independentes de pôr em risco a segurança nacional e trata até as críticas moderadas ao governo ou o apoio às reformas democráticas como ofensas traidoras", justificou.

A organização acrescentou que oito jornalistas estão atualmente presos no Vietnã ou em prisão domiciliar, incluindo vários que foram detidos como parte de uma ofensiva contra o jornalismo online.




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