O Inter não parece disposto a jogar a toalha. Segundo o presidente Fernando Carvalho, caso não consiga reverter a anulação das 11 partidas pelo STJD, o clube gaúcho deverá ingressar na Justiça comum para reverter o resultado. O dirigente deixou claro, no entanto, que a medida só será tomada após esgotadas as possibilidades na Justiça Desportiva. Já o meia-armador Tinga, que participou diretamente do lance polêmico que tirou a vitória do Colorado, desmentiu o goleiro Fábio Costa e assegurou que nunca disse ao juiz Márcio Rezende de Freitas que não foi derrubado pelo adversário. "Se ele disse isso mesmo, está faltando com a verdade", afirmou.

Tinga ainda aceitou as desculpas do juiz. "Somos seres humanos e estamos sujeitos a errar todo o momento no futebol", justificou. Mas não é assim que pensa o presidente. "O Inter vai se submeter às decisões do STJD, deixando bem claro que após esgotadas as decisões via administrativa, pretende recorrer à Justiça comum. Após terminado o processo na Justiça desportiva, segundo o próprio Código Disciplinar do Futebol, é possível aos interessados a entrada na Justiça comum".

O presidente colorado assegurou que a medida não pode trazer prejuízos ao clube, como o rebaixamento, e que a estratégia será mantida mesmo em caso de conquista do título. "Vamos sempre lutar para que esta questão fique esclarecida, até para que não tenhamos reedição de questões como estas", declarou.

Mesmo ameaçado de suspensão pelo STJD, em função de suas declarações, Carvalho fez novas críticas a Luiz Zveiter, presidente da entidade. "É uma retaliação que visa silenciar os protestos".