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Pyongyang apresenta condições para voltar à mesa de negociações
Por Da AFP
08/06/2005 | 12:54
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A Coréia do Norte descartou nesta quarta-feira a possibilidade de retomar rapidamente as conversações sobre seus programas nucleares e exigiu, mais uma vez, uma mudança de atitude dos Estados Unidos.

"O reinício das negociações depende completamente da resposta americana ao pedido da Coréia do Norte de criar algumas condições e um ambiente propício para sua retomada", declarou um porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela agência oficial KCNA. O comentário foi feito depois das declarações do embaixador da China na ONU, Wang Guangya, de que as conversações poderiam recomeçar nas próximas semanas.

O porta-voz da Secretaria de Estado americana, Sean McCormack, afirmou que Pyongyang havia anunciado o reinício das negociações durante uma reunião EUA-Coréia do Norte realizada na segunda-feira em Nova York. "Os norte-coreanos disseram que retomariam as negociações, mas não divulgaram uma data precisa".

O governo da Coréia do Norte, que em fevereiro anunciou possuir  arma atômica, boicota desde setembro de 2004 as conversações entre as duas Coréias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia. Três séries de discussões aconteceram desde 2003 em Pequim, mas nenhuma delas conseguiu acabar com a crise, que começou em outubro de 2002.

Pyongyang exige sistematicamente como condição prévia a seu retorno às negociações uma mudança na atitude "hostil" dos Estados Unidos, que segundo o governo norte-coreano quer invadir seu país e aniquilar o regime comunista.


"O secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, caluniou de maneira malévola a Coréia do Norte, afirmando que seu regime tentava apenas fortalecer seu arsenal militar e que se tratava de um país miserável. Isto mostra claramente que é um imbecil e que ignora completamente a diplomacia, o diálogo e a negociação", acrescentou o porta- voz norte-coreano.

"Os Estados Unidos nos pedem que participemos das discussões enquanto nos insultam, nos provocam, no momento em que acontece um contato com o objetivo de reiniciar as negociações entre as seis partes", protestou.

Em Washington, Christopher Hill, funcionário que integra a delegação americana nas conversações, ressaltou que só se poderá falar de progressos quando existir uma data precisa para a volta à mesa de negociações.




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