De olho no transito Titulo
Visão fragmentada

Pessoas são repletas de momentos de poder implícito, mas com uma percepção incompleta ou enfraquecida dos riscos que correm

Cristina Baddini
15/05/2009 | 00:00
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Pessoas são repletas de momentos de poder implícito, mas com uma percepção incompleta ou enfraquecida dos riscos que correm. Fico pensando como o trânsito se tornou a parte mais importante e dolorosa do dia a dia das pessoas? O massacre no trânsito pode ser explicado pela surpreendente indiferença da sociedade para com as vítimas dos acidentes,

O trânsito brasileiro mata mais que as epidemias de gripe. Morrem 35 mil pessoas por ano no Brasil; 100 mortes e 1.000 feridos diariamente. A análise dos acidentes permite concluir que o atropelamento ou colisão quase sempre poderia ter sido perfeitamente evitado se o motorista tivesse apresentado reações e procedimentos diferentes, menos agressivo.

O vício do automóvel

É urgente e fundamental desestimular o uso indiscriminado do automóvel e a incentivar a preocupação com um meio ambiente saudável e com o transporte público de qualidade. As cidades continuarão a crescer e na maior parte delas não há como expandir a infraestrutura para automóveis. Cada vez mais teremos que lidar com a ineficiência da ocupação do espaço público - 90% do tempo os automóveis ficam parados.

Crianças no carro

Só para se ter uma ideia da severidade de um acidente automobilístico, num impacto frontal a 50 km/h contra uma barreira rígida e indeformável, por exemplo, a desaceleração sentida dentro do veículo é de 40 a 50 vezes a aceleração da gravidade. Em linhas gerais, seria como se multiplicássemos o peso de qualquer coisa dentro do carro, pessoa ou objeto, por 40 ou 50!

Nestas condições, uma criança de 6 anos pesando aproximadamente 25 kg solta no carro, seria arremessada para a frente contra os bancos dianteiros e/ou para-brisa como se pesasse quase uma tonelada! Portanto, é preciso usar os cintos de segurança também no banco traseiro.

Crianças nas ruas

Crianças pedestre têm dificuldade de julgar a que velocidade os carros estão se movendo, a qual distância eles estão e de que direção os sons do trânsito estão vindo. Além disso, as mais pequenas muitas vezes têm opiniões erradas sobre carros: elas pensam que os veículos podem parar instantaneamente ou que, se elas podem ver o motorista, ele também pode vê-las. A responsabilidade é do adulto.

Mulheres

As mulheres se envolvem menos em acidentes de trânsito que os homens, segundo pesquisa do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O levantamento revelou que, entre 2004 e 2007, apenas 11% dos motoristas envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas eram mulheres do total de 1,7 milhão de condutores envolvidos nesse tipo de acidente no período. Cerca de 33% dos condutores habilitados no Brasil são mulheres, o que corresponde a um universo de 15 milhões de condutoras.




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