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Cabeleireiro é morto em baile funk
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
21/08/2006 | 21:28
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O que era para ser um momento de diversão acabou em assassinato domingo à noite no Parque Sete de Setembro, em Diadema. O baile funk promovido no clube Chácara Três Irmãos foi interropido com tiros dados no meio do salão com 2 mil pessoas. O cabeleireiro Marcelo Viana Alves, 23 anos, morreu e outros três homens foram feridos. O atirador conseguiu escapar do clube.

De acordo com testemunhas ouvidas pela reportagem, o motivo do crime foi ciúme descabido de um rapaz alto, com cerca de 20 anos, que acompanhava uma amiga do cabeleireiro. Alves a cumprimentou com beijos no rosto. Esse rapaz não teria gostado e saído do local para pegar uma arma. Na volta, atirou três vezes no peito da vítima fatal. O crime ocorreu às 22h30. O clube Chácara Três Irmãos fica na avenida Sete de Setembro.

Como fazia quase todos os domingos, Alves foi até o salão se divertir ao som dos pancadões. “Nós passamos o domingo juntos e ele estava muito alegre. Como folga no trabalho de segunda-feira, me convidou para ir junto ao baile. Eu disse que não estava a fim e ele foi sozinho. Lá ia se encontrar com outros amigos”, afirmou a estudante Jaqueline Figueiredo, 16 anos, que namorava o cabeleireiro.

“Depois de algum tempo, no meio do salão, ele encontrou uma garota conhecida, que estava acompanhada desse atirador. Ele a cumprimentou normalmente, com beijos no rosto. Esse cara não gostou e começou a discutir”, disse um amigo do cabeleireiro, o ajudante R.A.M., 21 anos.

Os amigos de Alves não souberam dizer qual o nome do assassino, apenas o identificaram como um rapaz alto, com aproximadamente 20 anos. “Antes de sair do salão, ele disse para o meu amigo: ‘Tá bom, curte aí que você vai ver‘. Depois saiu do salão”, disse o ajudante.

Minutos depois, o assassino voltou armado e atirou contra o cabeleireiro. Também foram baleados o ajudante Adenilton da Silva Santos, 20 anos, o vendedor Paulo Henrique Sousa Moura, 20, e o motorista Josafá Arruda Severino, 47. Todos foram levados para o Pronto-Socorro Municipal. Alves morreu logo após dar entrada. As outras vítimas não tiveram ferimentos com gravidade.

Alves trabalhava com a mãe num salão perto de casa, na Vila Conceição. “Só espero agora que o monstro que matou meu filho seja preso. O resto vou deixar na mão de Deus”, afirmou a mãe da vítima, Silvana Maria Viana Alves.

“A segurança desse clube é muito falha. Como é que deixam entrar um homem armado dentro do salão?”, indignou-se Silvana. “Já fui ao baile várias vezes e os seguranças não revistam ninguém direito. Já presenciei diversas pessoas armadas lá dentro”, criticou o ajudante M..

O clube ficou fechado segunda-feira e a reportagem não conseguiu localizar o presidente e integrantes da diretoria. A investigação do caso é da Delegacia de Homicídios do município.




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