O Ministro da Justiça, Rómulo Gonzaléz, já avisou que o governo vai barrar a iniciativa do legislativo que, segundo afirmou, será um duro golpe na luta da Colômbia contra a criminalidade. Ele lembrou que o Congresso já analisa outras iniciativas para reduzir as penas, entre elas, a que beneficia presos que votem nas eleiçoes e as contidas no novo Código de Procedimento Penal.
Somado às reduçoes permanentes, como as concedidas por bom comportamento, o projeto fará com que as penas na Colômbia se tornem 'irrisórias``, afirmou o Ministro.
O projeto, que prevê a reduçao de um sexto das penas dos condenados até primeiro de janeiro passado, foi aprovado por unanimidade pelo Congresso, nesta quarta-feira, em último debate.
Dados do Instituto Nacional Penitenciário da Colômbia apontam que sete mil detentos, incluindo guerrilheiros, seqüestradores, assassinos e outros criminosos considerados perigosos serao beneficiados se o Congresso nao ouvir os alertas do governo. Por sua vez, o Presidente da Comissao da Câmara de Representantes, Javier Ramiro Devia, defendeu o projeto, afirmando que o texto é ``humanista e tem essência católica ao conceder perdao geral àqueles que cometeram um erro em sua vida``.
A Colômbia tem hoje 46 mil detentos em presídios construídos para abrigar, apenas, 28 mil.
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