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Etanol sobe 78% em 6
meses no Grande ABC
Por Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
12/04/2011 | 07:13
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A disparada no preço do litro do etanol nos últimos seis meses implica em gasto adicional de R$ 55 a cada vez que o consumidor enche o tanque do veículo, ao considerar capacidade de 55 litros. Desde outubro, o álcool aumentou 77,5%, com valor médio de R$ 2,29 no Grande ABC.

Segundo o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), Toninho Gonzalez, a partir desta semana o preço do etanol deverá ficar mais barato. "A expectativa é que semanalmente o litro fique R$ 0,07 mais em conta."

Mas ainda vai demorar aproximadamente um mês para que os consumidores tenham vantagem para abastecer o automóvel com álcool. No início do ano, a entidade disse que o preço do combustível baixaria, devido o alto estoque no mercado, mas aconteceu justamente o contrário.

"Isso não ocorreu por má vontade dos usineiros, que elevaram a exportação de derivados da cana-de-açúcar para faturar mais. O pior é que o governo faz vista grossa e o consumidor precisa pagar mais por um produto nacional", critica Gonzalez.

A queda no preço esperada para esta semana será reflexo do consumo menor do combustível, pois não é mais vantagem abastecer o carro flex com álcool. O presidente do Regran acrescenta que mesmo com tendência de queda, o preço do litro ficará em média R$ 1,89.

Em outubro, gastava-se em média R$ 70,95 para encher o tanque com etanol. Agora o desembolso chega a R$ 125,95. Considerando o valor médio do litro vendido em 2010, a diferença no preço pagaria mais 42 litros. Gonzales lembra que somente no mês passado o álcool aumentou R$ 0,30.

INFLAÇÃO - O combustível foi responsável pelo aumento da inflação na Capital paulista medida neste início de mês pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A variação dos preços do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) foi de 0,48%, sendo que o etanol foi o item que mais subiu, 16,67%.

Na primeira quadrissemana do mês (período de 30 dias terminado no dia 7), o etanol apresentou avanço de 16,67% ante alta de 11,69% no fechamento de março. A gasolina, por sua vez, teve aumento de 3,89% em comparação com a de 1,95%, no encerramento do mês passado.

O coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, afirma que existe tendência de altas menores do etanol e da gasolina. "Deveremos ter uma variação menos intensa, podendo chegar até uma queda na terceira quadrissemana."

Tendência é que litro da gasolina passe por mais reajustes

Apesar de o governo não ter batido o martelo para reajustar a gasolina em 20%, o consumidor que abastece o carro já se depara com preço maior nas bombas. A explicação é que o valor do barril de petróleo no mercado internacional está inflacionando os preços.

Na região, a gasolina subiu R$ 0,50 nos últimos 30 dias, conforme cálculos do presidente do Regran, Toninho Gonzalez.

Nos postos cobra-se em média R$ 2,89 pelo litro, valor 20,9% maior que o praticado anteriormente. Da inflação medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em São Paulo, que foi de 0,48% no início do mês, a gasolina respondeu por 0,10 ponto percentual e o etanol 0,08.




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