A alemã Charlotte Payne, de 54 anos, acusada de ter aplicado golpe de US$ 50 milhões no mercado financeiro da Alemanha, foi presa na quarta-feira pela Polícia Federal, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Ela vinha sendo procurada pela Interpol (Polícia Internacional) em grande parte do mundo. Ao ser presa, num hotel, estava acompanhada do norte-americano Ronald Leeds, de 63, ex-militar que lutou na guerra do Vietnã, apresentado como seu sócio.

Usando documentos falsos, Charlotte negociou títulos bancários de pessoas físicas e jurídicas. Quando arrecadou quase US$ 50 milhões, desapareceu da Alemanha. "Deixou empresas e famílias praticamente a zero", informou o delegado da Polícia Federal, Fernando Duran Poch, que trabalha no escritório da Interpol em São Paulo. A alemã e Leeds moravam num hotel na cidade de São José dos Campos desde fevereiro deste ano.

Ela informou que estava na cidade prestando assessoria para o setor de telecomunicações da uma empresa instalada no Vale do Paraíba.

Segundo Poch, para descobrir onde Charlotte se encontrava foi preciso um levantamento com a ajuda de escuta telefônica autorizada pela Justiça Federal. "Em menos de um mês conseguimos encontrá-la", explicou o policial, sem revelar como conseguiu as informações sobre Charlotte.