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Tite rebate ‘cala-boca’ da diretoria e pede demissão do Verdão
Por Das Agências
23/09/2006 | 11:12
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Tite não se calou como queria a diretoria do Palmeiras, pediu demissão e não é mais o técnico do time. O anúncio oficial de sua saída foi feito ontem à noite, no desembarque da delegação em São Paulo, após a derrota para o Santa Cruz, em Recife, por 3 a 2. Marcelo Vilar, coordenador das categorias de base do Palmeiras e que já dirigiu o time titular em abril deste maio, será o técnico no clássico deste domingo contra o São Paulo. "Não quero entrar em detalhes sobre a minha demissão, mas quando existe quebra de confiança, não é possível continuar", declarou Tite.

Na opinião do ex-treinador, a "quebra de confiança" foram as declarações do diretor de Futebol do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia, após a derrota em Recife. "O conselho que eu dou para o Tite é para ele calar a boca e parar de falar mal da arbitragem", esbravejou após o jogo.

Ontem pela manhã, as críticas de Palaia foram mantidas. "Não retiro nada, nem vou pedir desculpas, estava consciente do que estava falando", afirmou para, em seguida, fazer uma retificação. "Em vez de da colocação chula, mal-educada, que usei quando disse para ele (Tite) calar a boca, mudo para ‘fechar a boca’" e não falar mais da arbitragem. "Vamos parar de falar de juiz, vamos jogar futebol", afirmou.

A reafirmação das críticas foram, para Tite, a gota d’ água. O treinador pediu demissão em uma reunião realizada ontem à tarde, ainda no Recife, com a presença do presidente Afonso Della Monica e do próprio Salvador Hugo Palaia. "Disse hoje (ontem) à tarde aos dirigentes do Palmeiras que estava fora. Quero agradecer ao Palmeiras esta oportunidade que foi dada", declarou Tite.

Os jogadores mostraram surpresa com o pedido de demissão e revelaram que sempre tiveram um bom relacionamento com o treinador. O atacante Edmundo foi o único a fazer uma crítica direta. "Quando você não faz, você é cobrado. Quando você faz, é cobrado do mesmo jeito. Aí, não dá para entender, mas sou funcionário do clube e tenho de cumprir as ordens que me foram passadas", disse o jogador..

As críticas de Palaia não ficaram restritas à relação de Tite com os árbitros. "O time estava desorientado e apresentou um futebol medíocre", reforçou.




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