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Rio Grande busca recurso para restaurar capela
Samir Siviero
Da Redaçao
24/09/2000 | 17:44
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A restauraçao e escavaçao arqueológica da capela de Sao Sebastiao (antiga Santa Cruz), em Rio Grande da Serra, só dependem da arrecadaçao de R$ 350 mil para ter início. O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de Sao Paulo) permitiu a realizaçao da obra e, desde a semana passada, a Prefeitura e uma empresa especializada em restauraçoes buscam patrocínio com a iniciativa privada para começar os trabalhos.

Segundo historiadores da cidade, a capela foi construída por volta de 1640 e é considerada o marco zero do município. Com a escavaçao arqueológica, os historiadores acreditam que possa ser encontrada a ossada de um tropeiro que teria sido enterrada no local e, assim, confirmar a história de que a capela teria sido construída sobre seu túmulo, e que a cidade foi criada a partir da capela.

"Entregamos todas as documentaçoes necessárias ao Condephaat e os técnicos deles nos disseram que nao viam problema na restauraçao. Eles nos deram o aval, garantiram que acompanhariam todo o processo e, se necessário, fariam algumas intervençoes durante a restauraçao", conta a empresária que cuida do projeto, Rosa Maria da Paz.

Logo após a autorizaçao do Condephaat, a Prefeitura confeccionou seis livros de captaçao de recursos, que contam a história da capela, qual serviço será executado, a importância da restauraçao, o currículo dos restauradores e, no final do livro, tudo que é cobrado para chegar ao valor estimado para a restauraçao. "Os livros mostram aos empresários a seriedade da restauraçao e com isso buscamos a sensibilizaçao dessas pessoas para viabilizar a reconstruçao, que é importante nao só para Rio Grande da Serra, mas para todo o Grande ABC", acredita Rosa.

Segundo estimativa de Rosa Maria, com a verba de R$ 350 mil em maos, a capela poderia ser restaurada em quatro meses. "Como estamos em período eleitoral, sabemos que os empresários nao têm muita segurança em investir dinheiro sem saber qual o rumo político da cidade, mas acredito que nenhum prefeito que vier a assumir irá querer interromper esse processo, que já dura três anos e tem grande importância."

História - Segundo os historiadores da cidade, por volta de 1600, tropeiros vindos de Sao Vicente passavam pela regiao transportando sal com destino a Mogi das Cruzes. Numa dessas viagens um deles morreu e, no local onde foi enterrado colocaram uma cruz, onde depois construíram a hoje conhecida capela de Sao Sebastiao (antiga capela de Santa Cruz).

Para preservar essa história, a Prefeitura pretende aproveitar o espaço como museu. "Nossa intençao é fazer um museu sacro, contando a história da capela e da cidade, utilizando os objetos guardados pelos moradores e por membros da própria igreja", explica o diretor de Planejamento da Prefeitura, Dario Bello.




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