Diarinho Titulo Saúde
Preparados para evitar a gripe
Tauana Marin
Diário do Grande ABC
24/04/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Água, sabão e álcool em gel. Esse é o passo a passo realizado várias vezes ao dia nas escolas e em nossas casas. O cuidado com a limpeza é para combater a gripe, que tem deixado muitas pessoas doentes. Um vírus que muito tem se falado atualmente é o H1N1, chamado de Influenza.

“É muito fácil ‘pegar’ gripe, por isso passamos muito álcool nas mãos”, conta Antônio Carlos de Oliveira Junior, 5 anos. Ele e os amigos, que estudam na escola Saber Educação Infantil, em Santo André, já estão acostumados. “Lavamos as mãos para comer, ao ir ao banheiro, depois de brincar e limpamos dentro da sala(de aula)”, explica Brenno Henrique Siqueira, 5.

É importante saber que existem muitos vírus que causam a gripe. Esse que é chamado de H1N1 é apenas um deles e todos são muito parecidos, sendo transmitidos por meio de tosse e espirro, além de contato com objetos contaminados. Os principais sintomas da complicação desse tipo são a febre (muitas vezes alta, passando dos 39ºC), dores de cabeça e no corpo, espirros e tosse seca. A pessoa contaminada pode ficar com o nariz entupido e escorrendo, a chamada coriza. Pode ter também enjoo (vontade de vomitar) e diarreia.

TRATAMENTO - Caso fique gripado, seja qual for o tipo de vírus, o ideal é não tomar remédios sem antes passar no médico. O quanto antes deve-se ir ao hospital ou a uma unidade de Saúde. Em caso de suspeita do H1N1, há um teste rápido que alguns hospitais oferecem e o resultado sai em algumas horas. Em casa, é preciso tomar bastante líquidos, como sucos, que, além de serem gostosos, deixam o corpo mais saudável. Aliás, frutas e arroz com feijão deixam qualquer um bem melhor, além das sopas, caso seja difícil engolir (quando a garganta dói).

“Sempre como toda a minha comida, e gosto de tudo. É por isso que quase não fico doente. E se eu ficar, saro mais rápido”, conta Davi Tozeli Pereira, 4, que não ficou gripado neste ano.

Abrir a janela do quarto e de toda a casa é outra boa dica: quanto mais fechados os cômodos ficam, mais os vírus ficam alojados. Por fim, toda gripe pede repouso, para se curar o quanto antes. Descansar, se fortalecer e estar atento à higiene não devem ser esquecidos.

Tomar vacina é o melhor remédio

A vacinação traz proteção contra o vírus da gripe. Toda criança deve ir acompanhada de um responsável (pai, mãe, tios ou avós) a um posto de Saúde, onde a imunização é gratuita. Neste ano, em específico, a distribuição de vacinas foi antecipada por causa do número de pessoas doentes que tem aparecido. A 18ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, montada pelo Ministério da Saúde, começa no sábado e vai até 20 de maio.

Os alunos da escola Saber Educação Infantil, de Santo André, já tomaram o remédio contra a gripe. “Eles deram a injeção no braço. Dói um pouquinho, mas é para eu não ficar doente”, explica Laura Lucia Marques Silva, 3 anos. “Meu pai e minha mãe também tomaram. Ninguém vai pegar gripe.”

Isabelle Nascimento Demarchi, também 3, explica que, tomando a vacina, os ‘bichinhos’ não entram no nosso corpo. Para quem tem medo da injeção, um apoio: “Não chorei para tomar a vacina. Ficar doente é pior, dói mais. Não gosto de tomar remédio, tem gosto ruim”, detalha Nicole Teles Souza, 4.

Além da vacinação, alguns cuidados fazem toda a diferença no combate à gripe (veja a série de desenhos abaixo). Caso a pessoa esteja com a gripe Influenza, o quanto antes ela procurar uma unidade de Saúde, melhor. Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral (quando os pulmões ficam doentes e a gente sente dificuldade em respirar). Nesses casos, quase sempre o paciente precisa ser hospitalizado.

CURIOSIDADE: A vacina contra a gripe é fabricada todos os anos para uso imediato, no período que antecede o inverno. Não há disponibilidade do remédio no verão. Deve-se observar cuidadosamente seu prazo de validade;

A febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de 3 dias. É comum ficar com a garganta seca, rouquidão e queimação ao tossir, bem como pele úmida e olhos lacrimejantes.

Consultoria de Helena Brígido, médica infectologista, Membro do Comitê de Arboviroses da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).




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