Setecidades Titulo Ribeirão Pires
Após fechamento de portões, grupo faz protesto em frente à Fábrica de Sal

Secretária de Educação foi ao local e explicou que a medida foi tomada por segurança

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/04/2016 | 07:00
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Vanessa de Oliveira/DGABC


O fechamento dos portões que dão acesso ao Complexo Educacional Ibrahim Alves de Lima, no Centro Alto de Ribeirão Pires, que abriga, além de biblioteca e escola municipais, a Fábrica de Sal, motivou na tarde de ontem uma manifestação promovida pelo Coletivo Sal da Terra, com cerca de 50 participantes. Desde fevereiro, o grupo vinha realizando diversas atividades culturais no interior do espaço, em apoio à preservação do patrimônio histórico e contra a concessão do terreno, por parte da Prefeitura, para a construção de um shopping. “Ribeirão Pires é conhecida como Estância Turística, mas, para ser de fato, precisa oferecer aos visitantes e aos cidadãos atividades que justifiquem isso. Porém, qualquer possibilidade cultural e turística não existe”, falou a dramaturga Adélia Nicolete.


Segundo os membros do grupo, os portões, que sempre ficaram abertos e davam acesso à Praça Celso Daniel, além de servir como passagem de pedestres para a Avenida Humberto de Campos, foram trancados e alguns até soldados, no sábado. Dentro da área, porém, estavam estacionados ônibus escolares da cidade. Na tarde de ontem, enquanto os manifestantes se concentravam em frente ao local, membros da administração municipal abriram um dos portões para retirar alguns dos coletivos e o mesmo permaneceu aberto. Um dos representantes do Coletivo Sal da Terra entrou em contato com a secretária de Educação, Inclusão e Tecnologia, Dalva dos Reis Sensato, para questionar a razão do fechamento dos portões e os motivos pelos quais os ônibus estavam por lá.


Dalva foi ao local e disse que os portões foram fechados por uma questão de segurança. “Os ônibus ficam no Complexo Ayrton Senna, mas, por conta das obras do teleférico, foram trazidos para cá. Falei ao grupo que arrumaria a chave para eles, mas que, a partir das 18h, teriam que fechar”, argumentou. Os manifestantes reagiram, dizendo que o espaço era público. Houve bate boca, a secretária deixou o local sob insultos e o grupo adentrou a área.


O prédio da Fábrica de Sal está em processo de estudo de tombamento pelo Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado. Audiência pública com entidades representativas e a presença da população foi realizada em fevereiro, durante a qual a maioria se posicionou contra a concessão da área para construção de um shopping.




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