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Oposição a Marinho aciona Justiça por presença de comissionados em ato pró-Lula
Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
08/03/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC:


A bancada de oposição em São Bernardo acionou ontem o MP (Ministério Público) denunciando a presença de funcionários comissionados do governo do prefeito Luiz Marinho (PT) em ato de apoio na sexta-feira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante horário de expediente. O petista foi conduzido por agentes da PF (Polícia Federal), às 6h, em ação que deflagrou a 24ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras para financiar campanhas eleitorais. Agentes também fizeram busca e apreensão no imóvel do ex-presidente e de sua família.

Inúmeros servidores da gestão Marinho se mobilizaram do prédio do Paço à residência de Lula, localizada na Avenida Francisco Prestes Maia, no Centro, logo nas primeiras horas da manhã, permanecendo no local até as 18h, quando o ex-presidente retornou, depois de prestar depoimento na sede da PF do aeroporto de Congonhas e discursar no prédio em que fica situado o diretório do PT nacional, na Capital.

O autor do ofício protocolado no MP foi o oposicionista Pery Cartola (SD). “O abandono de funcionários aos seus postos de trabalho em uma administração pública para apoiar ato político não pode passar ileso. É importante o auxílio da Justiça para apurar essa situação. A iniciativa busca expressar a indignação com o mundo analógico que o PT vive, acreditando somente na sua verdade”, pontuou.

Entre os funcionários de Marinho flagrados pelo Diário na sexta-feira, muitos eram das Pastas de Comunicação, como a diretora Denise Gorczeski, e do setor de Governo, que é chefiado por José Albino (PT).

No sábado, outro grupo grande de comissionados voltou à residência de Lula, logo pela manhã, para acompanhar a visita da presidente Dilma Rousseff (PT), anunciada na sexta-feira. “Fui procurado por inúmeros funcionários que disseram ter sido obrigados a comparecer durante a presença da presidente. Mesmo errados, os petistas continuam abusando de sua autoridade”, adicionou.

Também da oposição, um dos líderes do bloco, Julinho Fuzari (PPS) protocolou na Câmara questionamento direto à administração petista. O popular-socialista pontuou se houve consentimento de Marinho para a ausência de funcionários durante o expediente.

“Isso precisa ser esclarecido. Porque se não houve, é imprescindível saber se ocorrerão penalidades e quais serão. Foi notícia em todo o País”, disse.

As indagações de Julinho somente serão encaminhadas ao Executivo se tiver voto da maioria dos vereadores. “Acredito que os parlamentares concordarão que este episódio precisa de respostas. Caso contrário vamos levar ao conhecimento do MP”, completou. 




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